Há um novo começo, um novo horizonte, como posso compreender essa nova realidade? Não existe espaço para grandes elocubrações, a realidade pede um outro tipo de postura. A realidade pede movimento, pede ação. O passo é vacilante, se preocupa se tem um solo firme onde pisar, mas se sabe da necessidade de caminhar.
Existe segurança no caminho? É preciso encarar o desconhecido, manter-se seguindo em frente. Há um passado que precisa ser deixado para trás e um futuro incerto. O viajante é aquele que se mantém presente. Sente frio na barriga, encarar a realidade não é fácil. Ele se despiu de suas vestes passadas e é desafiado a se desnudar, viver intensamente os elementos, ver com mais clareza o mundo ao seu redor.
Sua torre foi posta ao chão. Ele volta a terra. Volta ao mais básico e simples do mundo material, agora não há nenhuma estrutura que o proteja do mundo, agora precisa se reinventar. É posto a tarefa da escolha, deve sujar as mãos, se voltar para o material concreto que está a sua frente. Entra em contato com a falha, com as imperfeições, internas e externas. Apenas nessa alquimia que pode-se aperfeiçoar, aprender e crescer.
Se sente só, desamparado. Deve passar por essa ordália, só assim poderá chegar a alguma conclusão. Isso é a apenas o começo, existe um longo caminho pela frente. De fato, não está completamente só, existe sempre ajuda, porém deverá caminhar com suas próprias pernas. É assim, que acumula experiência e sabedoria, é assim que irá encontro das coisas que necessita, é assim que irá enfrentar novos desafios e aprender com eles.
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