quinta-feira, 16 de maio de 2024

Encontros com esoterismo e filosofia

   Entro em contato com outros pensamentos. Hoje pela manhã pensei sobre voltar a prática do *Manual do Ano*, só que mês que vem. Estava estudando a carta do 21. Mundo, me veio essa ideia de que eu gosto, de que na magia é possível se utilizar de certas conhecimentos sobre a natureza extraídos da alquimia e da astrologia. É um conhecimento distinto da ciência tradicional, se volta para uma perspectiva mais filosófica e simbólica. Já tinha pensado que ser um mago é uma espécie de mescla entre a figura do cientista com a de um sacerdote. O mago tanto tem uma atitude ativa e experimental, quanto um aspecto de devoção sobre as coisas.
 Não sei precisamente se é esse meu caminho, há momentos que ponho isso em dúvida, penso que talvez esteja servindo a meu ego quando eu tento fazer com que certas coisas se encaixem em minha vida apenas através da minha vontade. Mas quando estudo algo relacionado a isso, me parece tão interessante e tão real para mim. Me sinto realmente exercendo um poder, que raramente sinto que tenho. Também penso sobre me alinhar a natureza, fazendo parte do cosmos, onde minha vontade se faz presente. Não sentiria que minha vida é um conjunto de acidentes, tudo pode se unir de forma harmoniosa.
 Existem claro outros pontos de vista, outras maneira de exercer tudo isso. Penso que por um lado haveria um caminho mais simples, que não despenderia tanto esforço. Esse caminho me soa um pouco desconhecido, talvez aja uma maior mobilidade nesse aspecto. Não abriria mão dos meus interesses, como o tarot e outros conhecimento, mas talvez não iria trilhar esse caminho da mesma forma que o que citei em cima.
 De qualquer forma terei um mês para tomar essa decisão. Depois desse mês espero estar confiante no caminho que escolhi. Portanto, preciso encontrar um tempo para refletir, meditar, para talvez então chegar a uma conclusão.
 Outro ponto que gostaria de citar, é o meu contato com a filosofia. Penso que foi um contato um pouco tardio, pois, meu interesse por filosofia já é antigo. Acredito que talvez agora tenho de fato uma maior maturidade para isso.
 A princípio, lendo Platão, me trás para um pensar voltado as coisas, um pensar sensível sobre tudo que nos constitui como seres humanos e habitantes desse planeta. Acredito que isso me trás a um entendimento do princípio de qualquer pensamento posterior. Por exemplo a questão do ser e do não-ser. Primeiro entender o que é o não-ser, e depois o que é o ser. A partir disso, chegamos a ideia de filósofos que defendem a ideia de um Todo e outros que defendem a ideia de um múltiplo. Daí, se chega o questionamento de o Todo pode se dividir em muitos, ou se o múltiplo pode vir a se constituir num Todo.
 Ainda há aqueles que defendem a ideia de que as coisas existentes são apenas aquelas que podemos tocar e sentir. O corpo seria o centro de tudo. E esse corpo está em constante movimento, é um devir. Enquanto que outros acreditam que só as coisas invisíveis são de fato as verdadeiras. Eles acreditam que tudo é imóvel.
 Essas ideias diversas me fazem pensar com esses conceitos foram elaboradas durante a história da filosofia. Acredito que elas suscitam uma série de questionamentos sobre o que é o ser, sobre o que é o mundo. Por trás de todo tipo de pensar há esses conceitos, é a base para tudo que entendemos como vida e existência, sobre as coisas que constituem quem nós somos e com aquilo em que nos relacionamos.
 Pretendo de alguma forma fazer uma ponte com todos esses conhecimentos. Como na carta do 21. Mundo, existe uma totalidade de percepções e vivências que fazem parte de mim e me constituem. Não sei ao certo se deveria me apegar a uma única parte, a um único aspecto de mim. Busco abraçar quem eu sou de forma total e permitir que essa diversidade se manifeste.

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