quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

             Semana passada tive a última aula relacionado ao símbolo. Como sempre faço o trabalho em cima da hora. Porém sempre aparece um símbolo apropriado para aquele momento, a sensação é que é necessário um tempo para algo ser constelado.

              O fato que a imagem veio com muita facilidade, me veio muito claro uma imagem que simbolizasse expansão, como a imagem a baixo, um fogo se alastrando, porém não tomando a folha inteira. Existe um equilíbrio entre as cores, a imagem não me passa mais agressividade, porém uma libertação das limitações impostas pela imagem anterior. Agora sinto como se não houvesse mais forma como conter a energia, ela se espalha, está mais livre, não se constringe, se movimenta de forma espontânea.

   

     A anterior necessidade de conter a energia servia como uma forma de criar uma identidade, criar um projeto de ação, que por um lado aprisiona, não permite a livre iniciativa. Agora quebrei essa barreira, para me deixar mais a vontade com o fluxo de coisas que aparecem para mim. Porém perco um pouco sentido das coisas que faço, tudo está baseado no que me atraí energeticamente e menos talvez no campo egoíco-intelectual. 

       É necessário um equilíbrio entre essas duas instâncias. É preciso a orientação da função egoíca ao mesmo tempo que é preciso o termômetro das sensações para selecionar aquilo que nos agrada mais. Agora a função do Ego rígido conseguiu ser flexibilizado, de forma global percebo uma maior flexibilidade para fazer escolhas, ainda existem conflitos, porém de fato cansei de me prender em intelectualizações, prever situações, criar projetos demasiadamente ambiciosos.

       Dois aspectos que me chamaram atenção fora a planta e a segunda imagem de uma mão sobre um mouse. A primeira ainda representa a sexualidade, e a segunda minha relação com o mundo, através da virtualidade. Também o globo em cima, contrastando com a imagem do quadrado no desenho anterior. Talvez representando o self. Também me vem a imagem de um caldeirão, ainda assim existe uma contenção, porém como se algo estivesse sendo cozinhado dentro desse objeto. Outra imagem que me veio fora um campo aberto e um céu escuro, escondendo mistérios ainda não descobertos.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

                           Hoje, volto aqui para refletir sobre algumas coisas, não gostaria agora de escrever já preparado previamente, gostaria de deixar meus pensamentos fluírem. Esse mês começou com algumas mudanças de perspectiva, tive duas aulas que impactaram meu pensamento em relação a minha vida. Tive algumas experiências que faz um tempo que não teria. Porém por outro lado parece que tudo está no mesmo lugar.

                         Agora, cheguei a um ponto que parece não poder regressar a ser que era, agora talvez é um momento chave de mudança, talvez não necessariamente intencional, mas um momento de aceitação, de ser mais receptivo aquilo que está emergindo agora. Não tentar moldar a vida, mas deixar ela falar por si própria. Daí vem a estranheza. Me acostumei com 2020 tentando ter controle do meu destino, do que eu gosto, do que eu faço, do meu futuro. Agora, agora o que me resta é o agora.

                         Esse tempo presente sendo uma base importante da aula que fiz a quase duas semanas atrás me fez rever minha atitude para comigo mesmo. A vida não pode ser feita apenas das coisas que nos dá tranquilidade, que acreditamos ser fonte de nossa felicidade. Talvez estar de acordo com a vida exige outros preceitos. Integrar, permitir que a experiência seja uma totalidade. Entregar, não criar uma separação de si para o mundo.

                         Tive o interesse quando começou o ano de ter certeza daquilo que eu gosto, daquilo que me satisfaz e me faz feliz, essa necessidade advém de comportamento de afastar-me do mundo, preservando o que é meu, o que genuíno da minha experiência. Agora despertei para o entendimento que aquilo que quero comunicar para o mundo está incongruente com a minha experiência autêntica. Ter uma atitude honesta para consigo exige outro tipo postura. 

                          A necessidade de estabilidade, de segurança, de previsibilidade de quem eu sou, ter certeza das minhas habilidades, daquilo que sou bom, daquilo que posso ser admirado por, tudo isso resume-se em uma construção de mim mesmo que agora deve tomar lugar para outro tipo de atitude. Esse comportamento é resultado de um esforço para ser algo que ainda não sou, mas serei um dia, ao invés de abraçar aquilo que sou agora, e deixar o campo aberto para aquilo que serei um dia. 

                               É doloroso pensar assim, é doloroso abandonar condicionamentos. Ver que não adianta forçar. Agora deixo as coisas acontecerem, aceito a sabedoria do meu organismo. Existem sim mecanismos de defesa, existem defesas de todo os tipos. Porém, chegou a consciência o fato que não adianta. Que a busca por certezas acaba sem certeza alguma, o jogo das incertezas faz parte da vida. Me proponho agora seguir com essa compreensão.

Obs: Essa publicação é de 11 de Fevereiro.

Reflexões sobre "Cuidando do Cuidador"

      Esse fim-de-semana houve um evento do meu curso chamado "Cuidando do Cuidador". Fiquei um pouco reticente sobre isso, eu ter...