quinta-feira, 1 de julho de 2021

Viagem a Gravatá

         Não escrevi nada na semana passada por estar viajando para Gravatá. Me sinto dividido, entre falar sobre a percepção da viagem e a percepção do agora. Percebo um misto das duas coisas, uma sensação de confusão, por haver duas energias mescladas. Porém, buscarei insistir na descrição do que está acontecendo.

     Talvez eu esteja um pouco atônito diante dos acontecimentos, como se faltasse lógica para algo, ou até mesmo eu estou tentando encontrar lógicas nas mais mínimas coisas. Isso tudo geram dúvidas, perguntas, etc. Acredito que essas coisas podem gerar um novo post, logo após esse. Por enquanto quero dar conta das minhas dores existenciais.

      Desde semana passada vem acontecendo situações muito salutares. A viagem foi talvez o grande mote. O que essa viagem estava significando para mim? Minha questão em relação a ela estava no fato de vivenciar de novo uma situação que não estava muito confortável, mas alguma coisa me dizia que era necessário, esse momento não seria como os outros. Bem, houve aquele acontecimento infeliz com Letícia, que me permitiu ir para Gravatá. Antes mesmo de ir, por ironia do destino, minha mãe precisou comprar alguns remédios homeopáticos, no mesmo lugar que Letícia trabalha! Não sei interpretar bem o porque desse reencontro, novamente, posso porém de forma parcial, ainda me sinto incapaz de precisar.

      Apesar desse incidente, fui para Gravatá. Foi um treino de paciência, de superação das minhas carências, também serviu como uma forma de treinar meu convívio, comigo, com as pessoas e a natureza. Serviu como uma auto-cura, muito parecido com o que aconteceu em Tamandaré no início do ano. Sentia que estava sobrecarregado de muita coisa. Consegui me observar melhor, fazer as coisas com mais naturalidade, acredito que foi algo que adquiri, foi de muita valia. Também percebo como atraio coisas negativas para mim, como se eu precisa sentir mal pelos outros, carregar o peso do outro como forma de "vingança". Percebi que não havia necessidade disso, não preciso criar uma disputa com a outra pessoa para talvez um dia vencer, enquanto isso me sinto mal, carregado, irritado, magoado. Aprendi a abrir mão disso, difícil tarefa, que teria que exercer a partir de agora. 

        Logo, quando voltei, eu sentia que estava livre de qualquer peso, podia deixar o dia se desenrolar livremente. Porém, nesse mesmo momento veio Letícia falar comigo, aproveitei para resolver esse assunto pendente. Decidimos nos ver para ter uma conversa mais satisfatória. Acreditei que foi algo justo, pois eu sentia que algum dia iríamos nos acertar. Porém o que aconteceu foi que ficamos juntos de novo. Nisso gerou uma sombra em cima desse acontecimento. E agora? Como me comporto diante dela? Qual é o papel dela em minha vida? Isso tem algum futuro? Cometo um erro em estar com ela?

           Essa questões ainda ficam grudadas em minha mente, como se eu não conseguisse superar esse estado em que estou, não consigo encontrar um lugar seguro para enxergar essa situação de maneira razoável. Tenho insights de todos os tipos, porém não me sinto na capacidade de tomar nenhuma decisão concreta. Só gostaria deixar acontecer, porém a ansiedade me acompanha, de um jeito muito estranho. Como se fosse inevitável bater com a cara na parede. Como no sonho com Larissa...




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