quinta-feira, 5 de agosto de 2021

         A partir do texto escrito embaixo e a última sessão que tive gostaria de refletir sobre algumas coisas. O texto da última semana gerou uma reflexão sobre duas partes presentes em mim, de alguma forma eu sinto que essa semana de certa forma selou essa questão. Depois da última sessão me senti como uma forma unificada, e quero permanecer assim.

       Como assim? Bem, passei a me perceber como indivíduo, como sujeito, não um mero produto do meio,  um ser independente, com história própria, com pensamentos próprios. Não posso me escravizar diante dos desejos alheios, devo trilhar meu próprio caminho. Agora eis o mistério, eis o perigo de ousar ser independente! já dizia Nietzsche.

       Agora, aparece diante um novo caminho a trilhar, totalmente novo, totalmente virgem. Olho para esse caminho com olhos esbugalhados, certamente com medo, porém curioso, para onde isso irá me levar? Há de certo um orgulho dentro de mim, de ser só eu que estou fazendo isso, sou pioneiro em minha própria jornada. Nada mais que uma jornada do herói. 

       Isso é como a sensação que tive quando estava em Berlim. Estar sozinho, num país estrangeiro, me virando. Sinto falta desse sentimento, tudo dependendo de mim para acontecer. Agora, estando em uma pandemia, no campo material não parece nada aventureiro, mas no campo psíquico, sim. 

       Gostaria de dizer que tudo é alegria, certamente não é. Mas essa descoberta foi muito fundamental. O primeiro passo de fato. Me enxergar como alguém, como ser vivo, livre de constrangimentos, pensar independente. Um apoio apressado do meio externo seria um erro, quero construir minha própria visão, a partir da experiência, a partir da vida em si, não a partir dos ditames, dos condicionamentos.

         A questão que me vêm através dessa leitura está no tempo. O passado passou, não é possível voltar as memórias do passado, tentar reviver o que já aconteceu. O futuro, porém, está por vir, não se configurou ainda. O presente é o momento real, onde posso aprender algo, onde posso sentir e agir a partir de mim mesmo. É aqui e agora que há a vida mesma, sem tentativas de controle, de manipulação, a realidade é essa aqui que estou vendo, que estou percebendo.

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       Percebo que as coisas estão mudando. Sinto um certo receio, não sei para onde isso vai. Percebo que pequenas mudanças estão acontecen...