quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Imaginação Ativa - Cartas da Nobreza

             Ontem fiz essa experiência com imaginação ativa numa live do Conhecimentos da humanidade. Achei que valeria a pena trazer essa experiência para cá, pois foi muito significativa. Estava num dia um pouco complicado, sentindo coisas muito pesadas, naquele momento senti que precisava disso para conseguir rever algumas coisas, talvez chegar a alguma conclusão sobre o que está acontecendo.

            É nesse momentos que algo mágico acontece, não é por provocação minha, porque eu estou buscando isso de forma deliberada, mas algo que surge no momento. Essa experiência para mim foi um pouco difícil, mas trouxe questões muito importantes, pensamento muito necessários para minha vida atual. 

             Basicamente foi pedido para que estivéssemos concentrados, foi feito um relaxamento, depois um trabalho com a imaginação, houve algumas instruções e o resto ficou a cargo do que aparecia e nossa relação com o que acontecia. Apresentarei embaixo os 4 personagens presentes nas instruções, sua personalidade e como lidei com eles:

             Princesa: Foi a primeira figura que apareceu para mim, nesse momento foi dito que estava na frente dos portões de um castelo. Quando abri as portas desse castelo veria uma princesa embaixo no chão, acordei ela, ela me fitava de forma intensa, a partir disso tive vontade de beijá-la, a beijei, e ela se entregou aos beijos. Ela me lembrava um pouco Zelda, tinha uma expressão um pouco estranha, como perdida. Então entusiasmado, abracei ela, nesse mesmo momento ela sumiu, como se estivesse evaporado. Quando isso aconteceu percebi outra figura distante, era a princesa verdadeira. Ela parecia mais com a elfa do Senhor dos Anéis. Tinha um sorriso enigmático, fui até ela, senti uma energia diferente, não tentei nada com ela, e tudo que perguntava também não havia resposta, como se fosse um momento de realização, do que eu estava fazendo ali. Como se a pureza dela me desse uma ideia de como deveria me portar.

            Príncipe: Então até o Príncipe. Agora veio até mim uma figura masculina, altiva, forte, uma postura de confiança. Era alto, forte, com uma armadura com um estilo muito diferente da tradicional, parecia estar com a cor desgastada, era um dourado porém de forma mais escura. Tinha cabelos longos e barba rala, tinha uma expressão sorridente. Eu me sentia um pouco inferior diante dele, estava com a expressão de temor em relação ao que estava acontecendo, meu rosto estava ferido e sujo, como se estivesse passado por uma longa jornada. Não lembro ao certo do nosso dialogo, mas ele me passou uma ideia de confiança, e também de segurança, como se ele confiasse no meu potencial, soubesse que eu poderia muito mais, sem me inferiorizar.

            Rainha: Quando avistei a rainha, ela estava com uma vestido longo, do corpo para baixo azul, e uma parte envolta do rosto de branco, segurava um caduceu. Era bastante branca e tinha um rosto sério, bastante compenetrado, como se nada ultrapasse seu espaço vital. Aquela visão me emocionou profundamente. Comecei a chorar, como se aquela visão por si só tivesse me dado um sensação de paz indescritível, queria me aproximar dela. Quando cheguei perto dela, ela me disse: "Eu te amo". Aquele me fez me emocionar muito mais, e abracei ela efusivamente. Senti que ela era sim alguém afetuosa e acolhedora. Isso foi tudo para me sentir melhor. Até pensei que poderia beijá-la, mas ela falou que não era esse tipo de amor que ela portava, logo consegui entender. Ela quis se despedir para eu continuar meu caminho, foi um pouco difícil a despedida, mas logo fui embora.

        Rei: Quando cheguei nessa etapa senti que a minha jornada estava se completando. A imagem do Rei foi daquele que chegou no auge de sua vida, portava vestes de ouro, tinha expressão de satisfação e de calma, como se tivesse chegado a um ponto em que conquistou tudo que necessitava. Não me dava a impressão que ele se gabava por algo, suas posses não significam ostentação, mas experiência e sabedoria. Cheguei até ele, e então ele me mostrou o seu reino através da varanda, logo vi outra imagem, um reino vivo, e eu não estava mais como plebeu, não tinha mais feridas, estava limpo e vestindo trajes nobres. Ele me deu o entendimento que a vida um dia ia me recompensar, que um dia chegaria onde ele estava, porém precisaria de muito tempo, de passar muitos desafios e reveses, só precisaria ter calma.

 

Considerações finais

   Apesar das dificuldades senti que foi uma mensagem necessária. Pude manter a fé na vida, vi nessas figuras algo de nobre de fato, não só no plano das aparências, mas na postura, na atitude. Percebi que podia ser muito mais que já sou, me elevar sobre minha própria natureza, transformar vícios em virtudes, que há algo no universo que torce por mim e que tem paciência em relação aos meus defeitos.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre a incerteza

    Hoje pela manhã acordei cedo. Então decidi me arrumar para caminhar. Minha intenção era andar um pouco pelo meu bairro, mas no meio do c...