quinta-feira, 7 de outubro de 2021

                                 Volto a escrever aqui. Nesse momento é 09:45, um horário que não é usual eu postar algo aqui, pelo motivo que de tarde terei consulta do Biográfico e depois uma conversa com Marina. Também não é uma Carta ao Adepto.

                                   Essa semana passada foi algo que mudou um pouco o curso das coisas, por uma grande sincronicidade aconteceu de ter uma problema com meu siso, que consequentemente baixou minha imunidade e fiquei com sintomas de uma virose. Para mim foi uma grande frustração porque seria a semana onde eu estava juntando energia para realizar as coisas que precisava fazer, comecei com os exercícios físicos, sentia que estava com minha cabeça organizada para retomar meu projeto profissional, mas acabou que isso não aconteceu.

                                     A sensação é como se tudo tivesse em meio a um caos, meu entusiasmo passou, e agora estou um pouco desanimado e confuso. Ontem foi um bom exemplo disso, sentia de fato que não ia lograr. Senti essa angústia até o momento do atendimento com meu cliente, que por incrível que pareça consegui sair da sessão muito mais energizado que antes. Foi algo muito estranho, porém que reacendeu um pouco minha esperança.

                                  Agora a tarde terei minha consulta, penso como poderei aproveitar esse momento para tirar algumas dúvidas sobre mim. Penso em projetos, como ser criativo, porém ao mesmo tempo tendo que lidar com demandas necessárias a minha vida que matam um pouco minha criatividade. Hoje percebo minha criatividade com a necessidade de ser livre, de pensar livremente, de sentir a vontade com o que me interessa, que me instiga fazer, não o que me trará resultados imediatos.

                                     Dentro do caos e da confusão existe algo que não sei nomear, algo que sai da minha capacidade de compreensão. Não sei ao certo da ajuda que posso obter de minha terapia, não sei ao certo do prazer e do contentamento que pode ser obtido das minhas relações, não sei ao certo do que desejo, de quem sou eu, não sei ao certo se estou no lugar certo em minha profissão. Essa incógnita absoluta em todos os aspectos de minha vida me trás essa sensação impotência e angústia, nunca saber ao certo do que está acontecendo e se as coisas estão caminhando para um desastre me dá muito medo, mas eu tenho que conviver com isso.

                                      Mas ontem a noite me veio a ideia do como estou impressionado com as coisas do mundo, mesmo depois da noção de que não dependo do mundo, porém ainda sinto impactado com a impermanência das coisas, com a falta total de controle, que não sei ao certo como abrir mão. Porém me veio de uma entrevista de George Harrison sobre a vida no agora e a importância de saber que sou um espírito. Basicamente sofremos porque somos imperfeitos, não entendemos as coisas, portanto sofremos porque não entendemos, não sabemos lidar com a vida como ela é, então tentamos maquiá-la, colori-la. Me deparo muitas vezes com apegos, me confronto com minha finitude, com o passar das coisas, tanto boas como ruins. Mas o que fica é o agora, com isso não há muito o que se fazer, as coisas vão passar independente de qualquer coisa, os erros vão passar e vão ficar no passado, e o agora é momento da renovação, é momento em que se pode fazer diferente.

                                      Vou finalizar esse texto, com suas imperfeições, sabendo que fechei uma reflexão, mesmo sabendo que outras virão, que outras situações vão vim, e vão me desafiar, bem, faço parte dessa realidade, dessa Roda da Fortuna, sigo em frente como sempre, evoluindo e me desenvolvendo. Abraços e até a próxima. 



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