Descrição: Me sinto identificado com essa carta, ao mesmo tempo que é um mistério para mim. A princípio enxergo nessa carta o primeiro movimento em relação ao conhecimento, em relação ao desenvolvimento do ser. Revela o poder masculino da consciência, onde se dá conta de si e do mundo. A princípio (I) O Mago é o criador de um novo cosmos, ele dá ao impulso vital do (O) O Louco propósito, direção e intenção. Ele é um transformador, pois na formação de um novo cosmos precisa modificar a velha ordem para criar uma nova.
Ele encarna a figura do Psicopompo, é o guia e professor. A sincronicidade em nossas vidas é devido a ele. É ligado também a boa sorte, tanto quanto ao azar. Também é o duplex, aquele que guarda em si duas naturezas, unindo o masculino e feminino, céu e a terra, mãe e pai, jovem e velho, forte e fraco.
Essa natureza ambígua, devido ao deus Hermes, me chamou particular atenção. Tendo em vista que é uma divindade que conecta o plano divino com o plano terreno. Assim, é presente em sua ação uma duplicidade, permitindo em si uma natureza contraditória. Como guia, ele pode levar a situações beneficas que podem trazer prazer e satisfação, ao mesmo tempo que leva a situações problemáticas que geram desconforto e angústia. Tudo isso com intuito de levar a uma transformação, a uma melhoramento de si.
Encaro, Hermes retratado pelo (I) O Mago, representa o destino que nos levará a uma razão maior, mas que nos leva um caminho tortuoso, passando por situações que não gostaríamos de passar. Representa também a contradição, os opostos reunidos em uma só figura.
Está ligado também com o elemento Ar. Alquimicamente é o Mercúrio(Espírito), que une o Sal(Corpo) e o Enxofre(Alma). É o arauto do auto-conhecimento (Cognitio matutina). Também é Phosphoros, aquele que trás a luz tanto quanto a escuridão. Carrega o cadeuceu, onde há duas serpentes representando a natureza masculina e feminina.