quinta-feira, 12 de maio de 2022

Estudo de Tarot Pitagórico - (0) O Louco

 Nota: Estou fazendo um estudo sobre Tarot, mais especificamente sobre o Tarot Pitagórico. Encontrei esse tarot em um site criado por John Opsopus e estou me interessando bastante por sua abordagem. Vejo nessas leituras uma forma de me conectar com meu lado arquetípico. Acredito que será uma jornada muito especial. Almejo trazer um resumo da leitura sobre cada carta conjuntamente com outras anotações que já tinha feito anteriormente. No futuro penso em trazer mais leituras como essas, conjuntamente com minhas reflexões cotidianas.

                                                                                                      

                       Descrição: O nome utilizado no tarot pitagórico é Idiota, ou na versão grega Idiotes. Idiota em seu sentido original significa alguém que se preocupa apenas consigo, sendo aquele que não soube se adaptar a sociedade, sendo assim uma pessoa vulgar e inabilidosa. Seu lema é in mundo privato, que quer dizer: no mundo privado. Assim significando algo que se desenvolve no mundo privado, longe da interferência da sociedade, preservando assim sua inocência e autenticidade. 

                                        A figura da carta representa a superação das regras impostas pela sociedade em prol de uma ação livre, ela rompe com os ditames sociais, é o aspecto dionisíaco da personalidade. É também a fonte do caos, da ação aleatória, desregrada, amoral. (0) O louco é o self como a prefiguração do ego. Portanto existe antes do julgamento intelectual, preexiste a forma, está unificado a natureza. É o aspecto mais primitivo de nossa personalidade, se conecta com nosso lado infantil que ainda permanece na psique, é o Puer Aeternus. Por estar assobiando, representa o ar como fonte de energia vital (spiritus).

                                        Está representado pelo deus Dionísio. Deus do prazer carnal, mundano. O princípio dionisíaco vê o mundo através das sensações, através do sentidos. Assim, está ligado a sensibilidade dos artistas. Dionísio é filho da junção entre o céu e a terra, entre o divino e o terreno. É também produto da junção entre a água e o fogo, sendo representado pelo impulso, ou seja, ação sem pensamento (fogo) e também da sensibilidade, a partir da imaginação e intuição (água). Essa combinação é chave da transformação. Esses dois elementos buscam escapar do convencional.

                                   O aspecto arquetípico da carta é Criança. Representa a renovação, a volta a um estado de ingenuidade. A criança nos lembra de onde viemos, das nossas bases. É o começo de tudo, a origem. Encaro o símbolo da criança como a figura que me faz reconectar com a terra, com o princípio básico da vida. Me faz lembrar que não é apenas a maturidade do adulto que deva ser alcançada, mas o entendimento que sempre carregarei uma essência, que não pode ser adquirido no mundo exterior, mas que está sempre presente em mim.

 

 

So I see it's me, I can do anything
And I'm still the child
'Cos the only thing misplaced was direction
And I found direction
There is no childhood's end
You are my childhood friend, lead me on

Chilhood´s end? - Marillion

                                           

                                









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