quinta-feira, 22 de julho de 2021

                    Esses dias foram significativos em alguns pontos. Principalmente em alguns acontecimentos que me fizeram entrar em contato com algumas coisas. Não me sinto especialmente bem, porém não me sinto dentro de um furacão violento que foi esses momentos. A sensação que tenho agora é oposto da de antes, minha posição anterior foi de explosão, como se fosse um copo cheio derramando, agora estou numa posição implosiva, voltada para dentro, tentando suportar a pressão. E venho percebendo o preço das coisas, o resultado de se entregar a certas coisas.

                     Tenho feito um atendimento com astrologia, também tive a última sessão do Biográfico do mês. Também vi muitos vídeos de MBTI sobre meu tipo, INFP. Isso tudo me fez pensar sobre minha atitude mais voltado para o interior do que o exterior, como essa posição é difícil, promete muito poucos resultados. A sensação que dificilmente serei escutado, dificilmente terei voz, me dá um certa angustia. Com isso, poucos relacionamentos, poucas oportunidades e muito facilmente serei mal-intepretado. Para piorar, por ser uma pessoa mais sensível sinto de forma muito pesada a crítica e o julgamento. Aparentar ser frágil diante dos outros é um fardo que sempre carrego. 

                   Agora, volto para mim mesmo, para o meu processo natural. Aprendi muita coisa com o mundo lá fora, agora é tempo do (IX) O Eremita. Voltar para a caverna. Equilibrar esses dois mundos, que muitas vezes estão em constante conflito. Quero respeitar meu tempo, saber respeitar o tempo das coisas, saber que a natureza é lenta e ciclíca, existem momentos de apogeu e outros de declínio. Estou um pouco cansado de certas coisas, quero ser um com o mundo natural, que permanece em silêncio, ao invés do mundo barulhento lá de fora. Para mim é difícil me reacostumar com o silêncio, com a solidão. Quanto mais aproximo de mim mesmo, mas me afasto do mundo. Quanto mais me aproximo do mundo mais me afasto de mim mesmo, da minha verdade. Sinto falta de mim, sinto falta de aceitar o drama que é ser um ser humano, finito e limitado.

                  Me sinto um pouco acuado diante do mundo, me sinto ferido. Me sinto como se fosse um estranho, alguém que não pertence a essa massa. Difícil estar num lugar em que se deve defender seu próprio espaço, se mostrar legítimo desse lugar, sem que ninguém me perturbe. Há pouco descanso, de repente senti o peso de tudo isso, o que fazer com isso? Não sei ao certo, tudo parece ser absurdo e o esforço desnecessário. Mas o que pode-se fazer? Seguir em frente, com medo, mas com a necessidade de progredir, porque parar significaria a morte.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre a incerteza

    Hoje pela manhã acordei cedo. Então decidi me arrumar para caminhar. Minha intenção era andar um pouco pelo meu bairro, mas no meio do c...