quinta-feira, 25 de novembro de 2021

                  Não escrevi na última semana. Também pensei em escrever outro tipo de coisa aqui. Estou a muito tempo a interpretar um sonho, e nunca consigo. Achei melhor deixar para um momento mais oportuno. O período da semana passada para essa semana foi uma constância de acontecimentos, aparentemente caóticos, que me forçam a criar novos ajustamentos. Há um ritmo novo, um fluxo constante de acontecimentos, me ensinando a seguir, aprendendo a lidar com esse ritmo.

                      Esse fim de semana tive o workshop no Libertas, foi algo muito inusitado. Foi bastante esse simbólico esse momento, estar presente num lugar onde nos reunimos um pouco antes todos nós nos quarentenar. E agora, nos reencontramos para fechar esse ciclo. Agora, para além desse fenômeno grupal, eu também percebi uma mudança em mim. Esse momento propiciou uma reorganização da maneira como enxergo as coisas.

                      Tudo nessa semana foi um entrave de diversas coisas, interesses e acontecimentos. Tudo que havia projetado para esses tempo não aconteceu da maneira que planejei. Percebi que havia algo que não poderia interpretar, compreender através do intelecto. Simplesmente as coisas estavam acontecendo, para além do que consideraria bom ou ruim.

                      Agora, há esse futuro incerto que se apresenta, talvez sem meu controle, as coisas vão acontecendo naturalmente. Tenho projetos e planos, gostaria de me assegurar que posso tomar algum tipo de atitude, porém por outro lado sinto prazer em não planejar nada, em não ter controle, confiando na ordem natural das coisas.


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

                        Sinto uma certa sonolência, julgo ser o remédio. Essa semana sinto que há uma outra energia no ar, existe outro tipo de dinâmica agora. Sentia que estava muito influenciado pelo inconsciente, me voltava bastante para o que estava guardado nas profundezas de minha psique. Agora é como se estivesse em outra frequência, me volto ao mundo, a profundeza se cala.

                         Não deixo de ter perguntas, quero consultar as forças mais abissais da natureza qual será meu destino mesmo que com tantos sinais pareça cada vez mais claro. O medo ainda atua um papel importante em minha vida. Não sei ao certo se estou evoluindo ou não. Estou cada vez mais avançando no desconhecido.

                           Estou tratando dessas coisas que me atrapalham. Comecei a tomar remédio indicado por um psiquiatra, tomo também remédios homeopáticos. Faço terapia. Estou tentando organizar exercícios físicos e também penso em mudar minha dieta. Porém, tenho medo de tudo ficar da mesma maneira, não conseguir realmente fazer mudanças necessárias.

                          É necessário manter uma certa fé nas coisas, percebo que o medo ou outros sentimentos nos paralisam, e percebo isso muito em relação aos relacionamentos. Talvez o medo nos proteja de um otimismo desenfreado. Tento entender de fato o que está acontecendo, que tendências fazem parte do meu modo de ver o mundo. Nesse momento é como se fosse uma grande incógnita, como se eu não soubesse nada sobre mim de verdade, nem da vida. A última sessão de terapia que tive isso ficou bastante claro, como se eu tivesse fazendo um esforço imenso para trazer a tona que tinha percebido sobre mim, mas a coisa saia de forma descontrolada, falsa, e me fazia menos entender tanto para a terapeuta como para mim mesmo. Talvez esse seja um dos meus maiores medos no momento. Não saber deixar claro o que está acontecendo comigo e os outros não terem como me ajudar, como se eu tivesse suportar sozinho, não só por isso, mas por não saber qual é a saída para esse problema.

                          Me vem a compreensão sempre que existe uma resposta para essas questões, muitas vezes precisamos de paciência. Agora se tento procurar uma resposta (por exemplo numa carta de Tarô), certamente não virá nada. Voltarei para a estaca zero. Talvez não seja o momento de resposta, mas de digerir e assimilar tudo que foi aprendido. Para então poder produzir. Me sinto quase como um operário, onde apenas tem que fazer seu trabalho e não questionar muito.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Mandala

 



Contexto:

    Essa mandala surge a partir de um processo em que estou inserido. Um série de coisas que apareceram nesse processo me levaram até aqui. Alguns símbolos ainda presentes, que pretendo explicitar melhor eles depois. Mas o que me chama atenção que depois do meu confronto com os Arquétipos, haver uma melhora com os remédios homeopáticos e também quando tirei a carta do Osho, acreditaria que estaria mais organizado. Isso não aconteceu. Havia (ou há) um conflito entre o que eu sei e o que eu faço, entre a compreensão sobre um fato e o resultado dele. Tudo estava girando em torno do controle, sobre a intensa necessidade minha de controle, e ao contraponto minha dificuldade de abrir mão do controle, fazendo com que tudo ficasse mais confuso e tenso.

    Após também a leitura sobre o arquétipo da criança, surgiu o conceito de si-mesmo junguiano. Dediquei um tempo lendo sobre isso, sabendo que seria o ponto onde iria meditar. Mas logo percebi que estava misturando autoconhecimento com teoria, não estava dando certo. Sabia também que as reflexões que precisava estava saindo naturalmente do livro da Gestalt-Terapia, talvez não precisaria misturar as coisas lendo teoria junguiana conjuntamente.

   O sentimento de estar perdido e confuso continuava a assolar, compreendia também o porque do sentimento de abandono a partir da aproximação com o si-mesmo. Tentava desesperadamente entender tudo isso, compreender melhor os fatores que aconteciam. Tentava manter a sabedoria conquistada em contato com essas experiências recentes, mas nada funcionava. Até ontem, fui rejeitado por uma mulher ao tentar marcar um encontro. Aquilo me deixou muito transtornado. Ouvia música para ver se conseguia lidar com o sentimento, talvez só acentuou. Logo após conversei com minha mãe sobre isso, mas não fez com que o sentimento fosse embora.

 

Descrição:

   Há uma dinâmica simples ao mesmo tempo complexa de fatores. Se mantém alguns aspectos, como a díade consciência e inconsciência, também simbolizada pela extroversão e a introversão. Aqui se apresenta o mar (água) e o céu (fogo), fazendo oposição um ao outro. De um lado as emoções tempestuosas e tudo que é oculto. A linha do meio dá os limites entre oriente e ocidente, direita e esquerda. Olhando para o todo da imagem me remete a uma bússola. Daí dá a ideia como se fosse uma paisagem que aponta para o futuro, a continuação da jornada.

     *Curiosamente encontrei numa mandala a borda com a representação do fogo, relacionado ao mundo material.

  

Reflexões sobre "Cuidando do Cuidador"

      Esse fim-de-semana houve um evento do meu curso chamado "Cuidando do Cuidador". Fiquei um pouco reticente sobre isso, eu ter...