quinta-feira, 14 de abril de 2022

                         Esse será um daqueles posts que faço quando não tem uma temática central para abordar. Mas acredito que haja sim o que escrever, porém não sinto que houve algo que pudesse me concentrar unicamente. Estou num momento um pouco sem saber onde me encontro, não é uma sensação muito boa essa, porém não sei também o que fazer em específico para desenvolver a minha vida.

                       No campo profissional ainda estou num lugar um pouco delicado, eu sei no que posso fazer para melhorar, para progredir nesse quesito. Mandei um formulário para começar a ter uma mentoria "digital", porém não recebi nenhuma resposta até agora. Talvez seja o único lugar onde posso encontrar alguma promessa para minha carreira. Me sinto angustiado por causa disso.

                         Tenho o sentimento da estagnação, em todos os aspectos de minha vida. Esse fim de semana veio o insight de buscar ter mais paciência, porém eu fico com a sensação que estou afundando de novo nesse mar de estagnação. Por mais que eu ache que esteja avançando algo parece que há a possibilidade de sempre permanecer onde estou e nunca mudar.

                             Surgiu a possibilidade de ir a Gravatá mês que vem. A primeira ideia seria ir com Dino, porém ele logo disse que não podia mais por ter sofrido um acidente. Então, a possibilidade seria de ir com Marcos. Sinto um misto de receio, esperança e indiferença. Como se eu precisasse não depender de Gravatá para obter as coisas que eu quero. Por um lado seria um lugar para me sentir mais livre, ter momentos de lazer e prazer, mas por outro lado parece ser um lugar que suscita ansiedades.

                               Na última sessão de terapia falei sobre meu medo da solidão. Porém, acredito que vem conjuntamente a esse medo, o medo do fracasso. O medo das coisas não derem certo e eu estar insistindo em algo que não promete melhora. Levei isso para minha terapia, mas a sensação que eu tenho é de falar para as paredes, falar sobre isso não parece mudar nada, não parece transformar a minha realidade. Me vejo dependente das pessoas para mudar os rumos da minha vida, como eu me sinto, etc. Talvez tenha que mudar isso, ter uma iniciativa em relação a isso tudo, ao invés de ficar esperando. 

                                De novo a palavra paciência. Não conseguirei ver as mudanças necessárias em minha vida sem ter paciência, sem ter calma. Não sei qual mudança fundamental eu tenho que fazer minha vida. Sei que falta ter mais autonomia, ter meu dinheiro, poder ter meu próprio espaço, decidir as coisas por mim. Mas sei que nada disso vai aparecer de repente, com pressa. Sei que preciso de paciência em relação aos meus relacionamentos, saber que cada coisa obedece seu tempo e só conseguirei colher os resultados sabendo apreciar o que vem até mim, tendo lucidez do que cada mudança (mesmo que pequena) represente.

                             Tirei uma carta nesse domingo junto a minha mãe. A minha carta era MATURIDADE e o dela era SOFRIMENTO. Para mim a minha carta representou uma sabedoria que vem da experiência, e essa sabedoria não está voltada para o mundo mas pelo interior. Venho percebendo que não estou tão apegado as coisas e as pessoas como eu era anteriormente, percebo que posso me importar menos com meu desempenho exterior e perceber as coisas boas em estar crescendo e se desenvolvendo. Tenho receio de muitas coisas, mas no final sempre aparece uma voz dizendo para eu ter calma e paciência, que não adianta nada perder a cabeçar.

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