terça-feira, 19 de julho de 2022

Diário #11

           Hoje foi um dia mais tranquilo, como geralmente as terças são. Não tive Communitas hoje, também desisti de participar do grupo de Arteterapia, senti que não era um momento em que estava aberto para essa experiência. Me dediquei a estudar Gestalt-terapia. Li o Gestalt-terapia e Experiência de Campo e o começo de Clínicas Gestálticas. Penso em ler os dois simultaneamente. 

         Essa leitura me deu diversos insights. Me sinto cada vez mais confiante em relação a clínica e a diversas perspectivas teóricas. Tenho a impressão que a base de tudo que eu ler no futuro terá uma relação com as leituras que tenho no presente. Agora sinto que posso fazer um resumo decente.

         Pensei um pouco sobre essa leitura e o meu desejo de ler outras coisas no futuro. Percebi uma relação interna entre essas coisas todas, que geralmente tenho dificuldade de perceber. Por um lado ver uma diversidade coisas formando um todo me anima, por outro, me trás uma ideia de ser um pouco pesado ter tantos interesses. Obter tanta informação me preocupa um pouco.

         Logo depois desse momento reflexivo sentei para conversar com minha mãe. Como sempre essas conversas se estendem, mas foi muito necessário trazer a tona tudo que estava dentro de mim. Consegui organizar melhor meu pensamento e entender como me relaciono com um série de coisas. Por um lado também percebo que minha mãe tem maior facilidade de tornar as coisas mais simples, me aterrissa mais. Eu percebo também que a conversa fica muito voltada a mim mesmo e pouco dou espaço para ela. Mas eu entendo também que tenho poucas oportunidades de me expressar dessa forma e que preciso disso para me esvaziar (parcialmente).

            A partir de tudo isso tive a oportunidade de rever uma série de coisas em minha vida. Ter a capacidade de olhar para mim de fora e ser menos auto-punitivo, permitir relaxar um pouco mais. Também isso relacionado as minhas relações no geral. Não me sinto preparado para lidar com o julgamento do outro, ainda estou tentando entender como meus próprios julgamentos em relação a mim. Tem muito tempo ainda para explorar uma diversidade de coisas e tento ter paciência.

            Estou um pouco feliz de ir para Gravatá de novo, agora tendo mais tempo sozinho. Aparentemente não há nada certo se vai ser do jeito que gostaria, infelizmente. Mas percebi que só em pensar em ir pra Gravatá a minha energia muda. Gostaria muito de manter isso em minha vida, ter um lugar como esse para me permitir relaxar e não me preocupar mais com nada. Organizar os pensamentos, aproveitar um pouco a vida, ser mais livre. Infelizmente há coisas para além do meu controle e busco ficar calmo quanto a isso, há sempre outras alternativas e devo saber encontrar elas.

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