Como toda quarta, é um dia um pouco sem graça. Não fiz muita coisa útil como a segunda passada. Tentei fazer a Revisão Semanal, mas acabei desistindo, vou deixar para a segunda que vem. De tarde fui a Jaqueira. Até lá fiquei refletindo sobre minha vida e a minha vida profissional. Refleti bastanta sobre isso, para pelo menos compreender um pouco mais o que está acontecendo e o que devo fazer em relação as coisas. Me esforcei um pouco entre meus argumentos mentais tentar chegar a um entendimento. Cheguei a um ideia de que tudo que está girando em torno de mim deveria obedecer ciclos, e cada ciclo, tendo sua estrutura de começo, meio e fim, deveria me ajudar a entender o que deveria alcançar em cada etapa em que me proponho a alcançar. Devo talvez deixar mais claro o que quero para cada momento, estabelecer prazos mais ou menos concretos para saber se estou sendo bem-sucedido ou não.
Isso me levou a um compreensão importante. Durante essa caminhada me veio um insight que há sempre a possibilidade de mudar meu sistema de crenças, de que não precisaria permanecer numa única concepção para todo sempre. A partir disso percebi que haveria uma maior liberdade se eu não precisasse o tempo todo justificar certas crenças e não precisaria depositar toda minha esperança num único ponto de vista. Eu sustento certas coisas, mas cair a ficha de que essas coisas não precisam ser sustentadas sempre, que sempre há possibilidade de mudança, me deixou mais aliviado.
Isso coincidiu com o podcast que estava ouvindo, que era uma entrevista com Diego Ruzzarin. Ele é uma figura que acho muito interessante, a princípio alguém com viés marxista, mas também trás uma diversidade de leituras. Outro ponto que acho válido lembrar, o podcast estava sendo falado em espanhol. Pude sair um pouco do guarda-chuva da língua inglesa e portuguesa. Ouvindo ele durante a caminhada na Jaqueira e pensando um pouco mais sobre um diversidade de coisas voltando para casa me fez abrir os olhos para uma série de outras coisas. Nesse momento percebo que estou de fato aberto para as possibilidades futuras, realmente a deriva. Permito o incerto seja um ponto base para minha existência, e que não tenho como ter controle do futuro, o futuro se faz sozinho.
Assim, independente das perspectivas que me relaciono agora, tenho sempre o poder de explorar novas coisas, novos caminhos, sem temer me desvirtuar, mas sempre com a ideia de que o que será verdadeiro e genuíno. Acredito que sempre tive o temor pelo incerto, achando que não há possibilidade de confiar naquilo que não controlo e conheço. Saber que meu conhecimento não dá conta da complexidade que a realidade é, me permite relaxar e aceitar o processo das coisas, sem também romantizar isso, mas simplesmente aprender com o processo
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