segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Diário #18

                    De novo não consegui escrever no final de semana. Pior que foi um fim de semana muito importante. Duas amizades fizeram despedidas. Guilherme indo para São Paulo e Ásia indo para Itália. Por incrível que pareça não me senti triste (pelo menos não muito). Também conheci novas pessoas, possíveis futuras rolos. Também revi Renan e Kelly na Jaqueira no sábado pela manhã.

                 Hoje pensei um pouco durante o final da tarde sobre essas coisas. Senti muita necessidade de parar, e digerir as coisas que vem acontecendo. Por mais que eu encontre formas de compreender a situação atual, não consigo evitar a sensação de que não consigo de fato entender, não consigo revelar a mim mesmo o que realmente está acontecendo, por mais que eu sinta que estou mais próximo a essa compreensão. Me perguntei sobre porque tantos acontecimentos, alguns positivos outros negativos. Ainda me sinto sobre suspenso, apesar de minhas descobertas e reflexões.

                     Pela manhã atendi uma pessoa nova. Obviamente me senti ansioso, mas estou menos do que geralmente me sentia antes. Ainda me sinto inseguro, porém consigo compreender essa insegurança, sabendo que tudo só depende de mais experiência. Percebo que estou fazendo avanços no campo profissional, isso demonstra que nada está estagnado. Porém, mesmo assim me sinto questionador, como se sempre houvesse possibilidade de tudo dar errado.

                        Depois da sessão, sentei um pouco para ler. Continuei o último capítulo de Introdução ao filosofar, pois ontem tinha bebido um pouco de vinho, e minha compreensão do livro ficou um pouco difícil.  Hoje terminei o capítulo, chegando a grandes conclusões. Acredito que foi um grande acontecimento ter me deparado com esse livro. Vejo como a minha percepção para com a filosofia e para com uma série de outras coisas mudou. Quero deixar um tempo para digerir todas essas coisas.

                          Agora reflito sobre um série de coisas. Mas, ainda sinto que não consigo solucionar muita coisa. No final de tudo, resta só deixar as coisas acontecerem, confiar um pouco mais na vida. Não sei se consigo simplesmente vivenciar as coisas. Muitas vezes sinto que só vivencio certas coisas, porém não sei ao certo se foi bom ou ruim. Muitas vezes sinto que as coisas simplesmente acontecem e não tenho muito como julgá-las. Não gosto da ideia de apenas deixar elas passarem, como foi em Gravatá. De alguma forma sinto a necessidade de saber o que isso tudo têm a me dizer, mas muitas vezes acabo girando em torno das mesmas coisas, sem ter uma solução concreta. Sei o quanto tento ter controle sobre as coisas, mas tentar não ter controle não é a mesma coisas que não ter controle. Saber que posso não saber de tudo não me faz ter a compreensão que não preciso sofrer com aquilo que eu ainda não sei. Aceitar e confiar é uma tarefa dificílima. 

                       Por enquanto a única coisa que tenho a fazer é deixar as coisas acontecerem, sem tentar mudar nada, deixar as coisas como são e como estão sendo. Saber não agir nas situações exige muita paciência, deixar as coisas como estão é um exercício que tento focar agora. Não posso seguir as ordens dos outros enquanto os outros podem estar tão confusos quanto eu, posso até errar, mas só eu saberei como remediar meus erros.

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       Percebo que as coisas estão mudando. Sinto um certo receio, não sei para onde isso vai. Percebo que pequenas mudanças estão acontecen...