segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Diário #27

              Voltei de viagem ontem, voltei a rotina de sempre. Estava um pouco preocupado em ter que acordar cedo e sentir a insegurança da cliente faltar novamente. Porém essa sessão aconteceu. Sinto que estou confiante com esse processo. Depois da sessão anotei algumas coisas no diário de bordo e também escrevi um pouco sobre a viagem desse último final de semana para Gravatá

                  Esqueci de mencionar que voltei a praticar o Manual do Ano. Não me senti desestimulado a fazer, pensei que não haveria problema em voltar para essa prática. Porém tive algumas impressões durante o dia que sempre vêm a tona quando eu volto a praticar. Sinto uma certa tensão no corpo, coisa que não sinto nessa intensidade normalmente. Não sei ao certo se fiquei muito parado esses últimos dias, ou se deixei acumular muita coisa. Mas sinto especialmente tenso. É esse paradoxo que para mim é difícil de lidar. Por um lado quando não tenho uma prática fixa, ou que não exige tanto de minha atenção, me sinto muito solto, sem haver uma prática que centralize tudo que preciso treinar em minha vida. Fazendo essa prática eu consigo trabalhar minha disciplina, minha capacidade de concentração, minha percepção corporal, entre outras tantas coisas. Mas não posso deixar de sentir que entro numa disciplina que me faz me sentir preso, não me passa uma sensação de fluidez e espontaneidade.

                    Voltando para o momento em que estava no Horizonte, voltei a ler o artigo de John Opsopaus, chamado Using Ancient Greek Music of Care of the Soul. O texto fala da relação entre os modos gregos e os temperamentos. Achei um assunto bastante fascinante, fiquei muito animado com as relação presentes. Porém, quando voltei a casa tentei ler o final do artigo ao invés de arrumar o quarto. No final do artigo ele explicou algo que não conseguia entender de nenhuma forma. Parecia que acabou inviabilizando por em prática o que tava sendo dito.

                         Depois disso só fiz alguns exercícios, tomei um banho e fiz um refogado de abobrinha, tomate e berinjela, que ficou muito bom por sinal. Fiquei refletindo sobre a possibilidade de ter uma prática gourmet dentro do veganismo e também pensei sobre influencia psicológica em relação a alimentação e outras práticas como a música.

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