sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Diário #44

                  Já chegamos ao fim de semana. Me sinto um pouco ansioso e tenso. Estranhamente por um único detalhe. Arthur tinha mandado uma mensagem enquanto eu estava atendendo. Depois do atendimento olhei o Whatsapp e estava lá. Ele me perguntou sobre meu aniversário, se seria em Gravatá mesmo ou em outro lugar. Pensei que talvez estava já querendo dar a ideia de que não gostaria de ir a Gravatá. Isso gerou um grande desconforto em mim. 

                     No começo do segundo atendimento fiquei com a minha mente nesse assunto. Saí do atendimento de novo pensando nisso. Até então tinha em minha mente muito clara a minha ida. Pensei um pouco se era um convite tão ruim assim, tentei me por no lugar das pessoas que pretendia chamar, foi estranha essa sensação. Pior pensar que a única coisa que está me dando algum tipo de alegria, parece ser tão ruim para os outros. Daí esses questionamentos inundam minha mente. A clara sensação que minhas escolhas não agradam a maioria, quase sempre.

                            Tentei não me abater com isso. Busquei ouvir minha ansiedade, mas com a necessidade de não me aprofundar nela. Pensava que podia lidar com essa situação. Durante a tarde fiquei pensando em relação a essas coisas, se poderia lidar com as frustrações, se poderia seguir em frente independentemente do que acontecer. Sentia um misto de tristeza profunda com firmeza. Uma luta por preservar meu bem estar e minha auto-estima.

                             Caminhando de volta para casa encontrei um espaço de jogos. Foi uma grande surpresa encontrar algo assim. Acho que de alguma forma restaurou um pouco do meu humor. Quando saí de lá ficava pensando quando voltaria lá, se tivesse um dia tedioso em casa, poderia ir lá para me distrair um pouco. Foi uma sensação estranha tudo isso, como se eu tivesse me resignado, talvez meu futuro não seria tão incrível como gostaria. 

                                    Não sei como evitar esses pensamentos, como deixar de pensar essas coisas. Sei o como essas coisas pesam, mas não sei como me blindar disso. Eu sei que sou ansioso. É algo que não posso erradicar de mim mesmo. Porém, eu percebo que isso me atrapalha demais. Eu não sei como relaxar assim do nada. Venho tendo muitos insights em relação a minha vida, porém na prática há muito medo, há muita preocupação. 

                                   Busco viver o agora,  busco alternativas a essas coisas que me deixam mal. Percebo que as coisas passam, e esses sentimentos não ficaram para sempre. Posso vivenciar o que já tenho no presente, mas é muito difícil ter essa percepção. Talvez não precise alcançar a maestria em relação a isso nesse momento. Cheguei a compreensão que posso fluir junto as coisas, isso para mim já uma conquista. Sei que tenho que ter fé nas coisas e conjuntamente a isso o entendimento que tudo fluí em seu ritmo próprio. Eu tenho que saber como seguir esse ritmo, sem tensionar tanto.

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       Percebo que as coisas estão mudando. Sinto um certo receio, não sei para onde isso vai. Percebo que pequenas mudanças estão acontecen...