sábado, 29 de outubro de 2022

Diário #45

                      Finalmente eu parei para escrever por aqui durante o sábado. Ainda gostaria de ver algum filme, não sei qual ainda. Até pensei se gostaria de ficar um pouco com meus pais, mas penso que posso fazer isso na próxima semana, não sei. Sinto que as próximas semanas ficarei praticamente em casa.

                      Bem, o dia foi pautado por algumas questões. Desde ontem estou um pouco triste por algumas coisas. Chamei um grupo de amigos para a viagem em Gravatá. Bem, a resposta não foi o que eu esperei. Isso me chateou bastante. Apenas Leandro deu certeza, mas ainda imagino que ele pode inventar qualquer coisa para não ir. A imagem que tinha na minha cabeça como seria essa viagem praticamente morreu. Porém, estou buscando repensar essa viagem.

                          Tentei desde manhã desviar minha atenção, enxergar outras alternativas. Porém, em um momento percebi que não daria certo. Me senti fracassado, pois a maioria das coisas que intento fazer acaba sendo frustrado. Pensei se valia a pena tentar, como pensava antes, mas logo vi que não valia a pena. Senti raiva, mas ao mesmo tempo impotência, pois não podia fazer nada. A única coisa que vi como possibilidade é simplesmente me ausentar. Essa ausência também me causou sofrimento, pois a sensação que agora tudo em minha vida farei na solidão. Ninguém é capaz de ver quem eu sou, ninguém é capaz de me reconhecer. Esse sentimento de não ser reconhecido já antigo, porém agora é como se eu precisasse conviver, tirar algum proveito disso. Senti medo de ter que ir por esse caminho, percebia um vazio em minha frente. Esse vazio parecia ser insuportável.

                      Nesse momento decidi escutar música, não me importava mais com nada. Esse momento foi como eu ter reencontrado algum sentido, algo que sempre esteve ali, porém sempre tive muitas dúvidas em relação a isso. Agora decidi abraçar isso, abraçar uma identidade própria. Cansei dessa desconfiança em relação a mim mesmo. Fora dessa identidade próprio encontro um vazio, um vazio que nunca acaba e que só me consome.

                         Talvez me sinta um pouco mais fortalecido. Mais integrado. Como se eu aceitasse o futuro que me aguarda. De todo modo aprenderei com o que vier, não quero mais depender de uma pessoa específica ou algo do tipo. Quero ser eu a pessoa em que quero admirar. Antes eu achava que isso seria impossível, eu mesmo exagerei na dose em alguns momentos. Porém, agora busco ter mais cautela. Sentir o ambiente. Mas agora eu vejo em mim aquela pessoa que devo confiar.

                           Na minha cabeça essa experiência desse fim de ano vai mudar a forma como eu me vejo e vejo as pessoas. Espero que ajam surpresas boas durante o caminho. Entretanto, se as coisas permanecerem do mesmo jeito tenderei a acreditar que elas ficaram assim para sempre.

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       Percebo que as coisas estão mudando. Sinto um certo receio, não sei para onde isso vai. Percebo que pequenas mudanças estão acontecen...