segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Diário #56

                  Hoje um dia em que continuei com minha organização. Continuei a leitura do ebook do GTD. Consegui fazer grandes progressos. Estava almejando acabar a leitura do ebook hoje, porém faltam ainda 54% do ebook. Criei a lista de Projetos, escolhi uma Próxima ação para cada item da lista. Depois disso cansei um pouco de olhar para isso e fui fazer outra coisa. 

              Ás 11:30 fui com minha mãe para a academia, ela foi para fazer uma avaliação e eu aproveitei para pegar carona com ela. Provavelmente nas segundas isso vai se repetir, vai ser bom para poupar um pouco do meu dinheiro. Decidi só ficar na esteira mesmo e finalizar com a bicicleta, até deu para dar uma soada, talvez eu precise intensificar um pouco mais o treino, vou deixar isso para a quarta. Quando terminei trombei com o professor do último treino, fiquei um pouco nervoso com isso. Gostaria que não fosse tão constrangedor esses nervosismos. Enquanto estava na esteira escutava um podcast. Ás vezes era difícil de ouvir o que estavam falando, mas deixei rolar, pensei que iria captar aquilo que conseguisse de fato captar naquele momento. Busquei não controlar a experiência.

              Porém, enquanto escutava o podcast sentia um receio de que os valores que estou buscando construir sejam facilmente desmantelados. Esse fim de semana cheguei a importantes conclusões e gostaria de me aprofundar mais nelas. Estou lendo um ebook do Alan Watts, chamado Tornar-se o que se é. Para mim foi uma importante descoberta no atual momento. Estou conseguindo entrar em contato coma as filosofias orientais sem precisar de entrar em um sistema rígido. E acredito que o último ensaio que li reforça essa ideia.

                   Ele trás a reflexão de que tudo que existe está no momento presente e mesmo que busquemos fugir dele, sempre estaremos nele. Então não existe esforço para estar no presente, pois sempre estamos no presente. Isso de alguma forma gera um pouco de ansiedade. Pois, passo a ter mais consciência do meu agora, e percebo o livre fluir das coisas. Isso gera uma sensação de desconforto, pois o mundo não me ensinou a isso. Sempre busquei algo que estava ausente, sempre tive essa sensação de falta, de buscar algo que está para além da minha realidade atual. De repente entender que tudo que preciso está no aqui-e-agora ao mesmo tempo gera um sentimento de alívio e de ansiedade.

                         Eu busco fazer correlações com o pensamento político anarquista. Porém hoje pensei um pouco mais sobre isso. Fiz uma associação com a frase em que Watts cita no livro: "O sábio aponta para lua e o tolo olha para o dedo". Sempre foi uma frase meio hermética para mim, porém agora consigo entender, através de Watts, que isso significa que ao invés olharmos para o que aponta o dedo, olhamos para o dedo, ou seja, não buscamos que devemos buscar, mas nos apegamos ao método dessa busca. Daí faço uma analogia com outros pensamentos e se de fato acabamos nos apegamos às ideias ao invés dos resultados dessas ideias. Vou um pouco além, penso que o pensamento utópico se caracteriza por uma promessa de um futuro, o oposto a isso seria uma experiência presente daquilo que almeja, ao invés de se projetar um futuro que talvez nunca chegue.

                           No sábado também fui a um aniversário, de uma amiga de Arthur. Lá encontrei Júlia e um pouco depois apareceu Dino. Eu acabei me reconciliando com ele ali. Pensei que aquele encontro era pra ter acontecido. Eu estava postergando demais a conversa com ele e não sabia se teria estômago para voltar as mesmas histórias de sempre. Depois do aniversário fomos para um bar. Foi uma experiência muito recompensadora. Depois dali fomos para o apartamento de Júlia.

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       Percebo que as coisas estão mudando. Sinto um certo receio, não sei para onde isso vai. Percebo que pequenas mudanças estão acontecen...