Não pretendo escrever mais um texto de diário. Gostaria de escrever algo mais livre porém com algum foco. De certa forma gostaria também de falar um pouco sobre as experiências desse fim de semana. Tem um tempo alguns que não escrevi nada aqui por aqui. Entramos no mês de Dezembro e nada registrando esse evento.
Está chegando o dia da viagem. Estou animado. Talvez um pouco preocupado. Talvez um pouco com medo. Mas aquela ansiedade de antes passou. Me sinto mais tranquilo. Estou abraçando o caos que é a vida. Busco estar aberto as possibilidades e não me enrijecer. Ás vezes penso o como estou criando um peso desnecessário em relação a essa viagem, que poderia ser experiência como outras tantas. Agora não penso como algo banal, mas talvez posso ver que essa experiência pode acompanhar outras, igualmente importantes.
Ontem fui pro Rihan com Petros e Dino. Faz um tempo que não vejo Petros. Foi um encontro muito bom. Acredito que foi mais leve do que o usual. Mas há coisas que não mudam. Estou tentando aprender a lidar com isso. Não sei ao certo de onde vem essas questões todas. Percebo que existe uma parte que vem de mim. Como se eu precisasse me resumir num conceito de mim mesmo. Estou aprendendo a não me prender a isso. Sabendo que não sou só isso aí que sou quando estou com Dino e Petros. Não gostaria de me sentir constrangido pelo meu jeito de ser.
Bem, venho pensando em relação a tudo que pertence a minha vida e como isso me ajudar a me melhorar, a evoluir. Talvez eu busque uma transformação radical de tudo. Querer de repente dar um salto para uma outra realidade totalmente diferente. Bem, não acredito que isso seria possível. Busco entender as pequenas diferenças que são feitas a cada momento. Cada pequena transformação possível. Assim, acredito que exercendo a capacidade criativa de lidar com as questões da vida, posso aprender a ver novas formas de lidar com determinadas situações.
Por um lado eu percebo o quanto falta para mim demonstrar algo de interessante para o outro. Mas ao mesmo tempo eu percebo a impossibilidade de saber o que o outro quer, o que outro precisa. Nesse meio tempo acabo não olhando para mim mesmo, buscando saber o que eu quero, sem depender tanto do outro para isso. Gostaria de ficar mais em paz comigo mesmo, não quero voltar a ansiedade anterior. Percebi que quero seguir meu próprio ritmo em relação as coisas. Ao invés de buscar o ritmo do outro, de me adaptar ao ritmo do outro, sempre.
Tenho medo sim de sempre voltar para esse mesmo ponto e nunca consegui superar essas barreiras. Por outro lado busco me centrar, meditar um pouco, observar o agora. Ás vezes isso me dá uma maior paz e tranquilidade. Saber que não preciso me preocupar, que não apressar o processo natural das coisas. Posso aprender com o presente, o que está disponível no agora. Ao invés de me preocupar com coisas ausentes, irei focar nas coisas presentes, mais palpáveis.
Hoje pela manhã fiz um jogo de cartas em relação ao ano que virá. Bem, tirei várias conclusões. Mas uma delas que ficou mais aparente foi o fato de que posso ser mais receptivo com as coisas. No sentido que não preciso buscar tanto para conseguir compreender o lugar em que estou. Não preciso complexificar mais coisas. Não que eu esteja renegando a complexidade de maneira forçada. Mas percebi que no simples também há uma fonte muito rica de sabedoria. Posso aprender muito com os filósofos, intelectuais e acadêmicos, porém a perspectiva mais simples da vida permite uma visão outra das coisas. É como se eu pudesse integrar meu eu a isso, e aprender com isso.
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