Motto: Domina bestearum lunis (Senhora gentil das Bestas)
Divindades: Kurene (Cyrene); Artemis (Potnia Theron), Diana.
Dados: 2+4 = 1st Ogdoad + Virtude + Fêmea
Letra Grega: Iota
Isklus = força, poder. Iphi = fortemente.
Trigrama:
:II Nome: Sol = O gestual. Imagem: Vento, Madeira. A primeira Filha, associado com penetração, guias, trabalho, veemência, mudança.
Descrição:
Representa a fortitude, sendo ela força, vigor e coragem. A fortitude aparece em dois polos, um é do leão, representando os elementos primitivos da psique, a vitalidade fogosa da natureza animal. É nobre, porém potencialmente selvagem, incontrolável, destrutivo e devorador. Já a jovem mulher, Andreia, representa a anima, que media o ego e o inconsciente. Assim, para domar o animal precisa-se de compaixão.
IX. Fortitude é a última carta do Trunfo da Virtude, que compreende as cartas VI-IX. Fortitude representa a aplicação prática da vitalidade da anima, o lunar, força feminina que é latente na IV. Alta Sacerdotisa. IX.Fortitude contrasta com VIII. Vitória, que é a aplicação prática do animus, o solar, força masculina, que está latente no Mago, mas mais especialmente no V.Alto Sacerdote.
Como Artemis, ela deve canalizar a energia e força animal. Ela cria uma cooperação com a besta. Serve de mediadora entre as necessidade comunitárias (representado pelo Imperador) e as necessidades do indivíduo. As duas partes são beneficiadas, preservando suas particularidades e nenhum se destrói mutuamente.
O centauro é o simbolo do cavalo e do cavaleiro perfeitamente sintonizados, homem e besta unidos em um. É um símbolo de sabedorias (pesquisar sobre centauros). A esfinge, uma união entre mulher e leão, representa o intelecto e força unidos. É uma forma do Hórus. Crowley identifica Hórus com o Novo Aeon; a sequência dos aeons - Isis, Osíris e Hórus - corresponde com Alta Sacerdotisa, Alto Sacerdote e a Criança Divina, concebido no VI. Amor, nascido como VII.Temperança, e manifesta-se no Trunfo da Virtude (VI-IX).
O leão é claramente Leo. Governado pelo sol e representa o fogo e seu princípio. É o enxofre dourado. Já Andreia, mistura os opostos (como VII.Temperança), unindo assim com o Mercúrio, que é a mente auto-consciente.
Comentário:
Cheguei até aqui depois de um longo tempo afastado desses estudos. Sempre me surpreendo quando leio essas cartas e como elas estão diretamente linkadas com o atual momento. O momento anterior era o momento da explosão, onde agressividade veio a tona e conjuntamente com isso muitos desentendimentos e conflitos. Eu sabia que em algum momento eu precisava voltar ao normal. Mas não sabia ao certo se seria saudável voltar a um estado de controle. A carta chegou com uma resposta.
Descobri que esse controle sobre os instintos poderia ser assim através do amor e compaixão, ou da auto-compaixão. Aprendi a abaixar a guarda um pouco e começar a buscar ter uma visão mais clara sobre as coisas. Sei que isso leva tempo então não estou buscando ter pressa nesse processo. Entendo que meu lado animal, selvagem, agressivo, ainda tem um papel importante, porém não deixo que ele tome conta de tudo. Ficou claro para mim que busco sempre um equilíbrio entre esses extremos, busco uma unidade que não é de forma alguma estática, é dinâmica.
Relendo a carta volto ao questionamento da anima. Desde do momento que tirei a carta da Alta Sacerdotisa ano passado, percebi que o meu inconsciente representa os valores femininos. Não é uma aspecto ativo, mas passivo. Ou seja, existe algo que depende de uma atitude mais compassiva, paciente e receptiva. Isso de maneira nenhum reduz o papel do ego. Porém, sempre busco entender quando existe um desequilíbrio, onde uma parte tenta ocupar o papel da outra.