Hoje li um pouco do Tarô pitagórico. Também li um pouco do livro de Jung, chamado O Eu e o Inconsciente. Bem, os últimos acontecimentos me levaram a crer que deveria focar mais em mim, mas também, me veio a necessidade de me ouvir, de ser mais atento aos sinais. Agora consigo ter uma leitura mais precisa disso.
Acho que minha dificuldade de me relacionar com o mundo talvez venha muito disso, eu acabo dando mais valor a opiniões alheias do que a minha própria opinião. Ainda, penso que se eu defender minha visão das coisas vai constantemente entrar em atrito com os outros. Porém, reflito um pouco se a questão seria apenas de opinião. No final das contas eu não levei em conta outros aspectos de mim mesmo. Aspectos inconscientes que tomaram forma e se tornaram conscientes.
Por um bom tempo acreditei que estava sob controle da minha realidade, percebia o que sentia, mas no final das contas queria ter o controle dos resultados. Entretanto, quando percebi que não consigo controlar o resultado das coisas, me frustro. Me sinto traído pela vida, como se fosse uma brincadeira de mau gosto.
Venho lendo alguns contos de um japonês, chamado Kawabata. E vejo uma constante de contos que leio inclusive de outros autores onde o personagens masculino se vê vítima da vida e de si mesmo. Constantemente as personagens femininas parecem sempre ter razão e superioridade moral em relação aos homens. Isso sempre me incomodou. Agora pensando bem. Percebo que esse incomodo pode ser uma projeção. Projeção de algo que está mal resolvido em mim.
Agora, depois de um tempo, percebo que há algo em nós que não é governado por certezas, pela objetividade. Talvez esse algo seja a anima. Diante de alguns momentos que esse aspecto apareceu para mim era uma manifestação do inconsciente. Como uma lembrança das coisas que estão para além da capacidade consciente de dar significado. Tinha até então o pensamento que era que não adiantava indagar ou procurar, eu só estaria me iludindo. Porém, agora percebi que fiz o movimento oposto: ignorar. Daí, como se o inconsciente tivesse se vingado diante dessa atitude. Daí, tive duas percepções: Uma que eu não podia desvendar completamente meu inconsciente e também não deveria ignorá-lo.
Estou num estado de certa receptividade. Não almejo impor mais nada. Não almejo planejar muito. Estou sem planos. Talvez tenha que confiar mais no destino. Eu não estou no poder de saber. Frequentemente assumo esse papel, do sabedor. Quando não sei de algo, me sinto vulnerável. Como se a vida por si só não pudesse me dar aquilo que necessito, tenho que correr atrás. Essa desconfiança é constante. Porém, com isso acabo tomando decisões de forma unilateral. Foco demais num único aspecto ao invés de considerar o todo. Esse todo, agora, não é mais o todo como uma soma de todas as coisas do mundo, como um paraíso de possibilidades, mas algo talvez mais profundo, que leva tempo e paciência.
Eu sei da impermanência das coisas, sei que estou amadurecendo, sei que estou avançando em diversos aspectos. Porém, saber não é tudo. Experienciar que é mais difícil, se arriscar que é mais difícil, suportar as intemperies que é mais difícil.
Venho sentindo uma inadequeção constante. Como se no final das contas eu seria excluído do mundo, deixado de lado, privado de qualquer satisfação. Isso me faz sentir vergonha de mim mesmo. Sempre tento encobrir isso, como se isso não existisse, na maioria das vezes é praticamente impossível. Porém, para a convivência com outras pessoas suprimi essa sensação, pensando que sempre me sentiria assim, não importa a ocasião. Mas questiono agora se essa inadequação tem a ver com uma falta, algo que não está bem integrado. Constantemente me sinto ansioso, como se algo não estivesse certo. Mas há situações que parece que tudo faz sentido, que tudo parece fluir. Nunca sei como criar momentos de fluxo ao invés de tensão. Daí a ansiedade.
Venho sentindo uma inadequeção constante. Como se no final das contas eu seria excluído do mundo, deixado de lado, privado de qualquer satisfação. Isso me faz sentir vergonha de mim mesmo. Sempre tento encobrir isso, como se isso não existisse, na maioria das vezes é praticamente impossível. Porém, para a convivência com outras pessoas suprimi essa sensação, pensando que sempre me sentiria assim, não importa a ocasião. Mas questiono agora se essa inadequação tem a ver com uma falta, algo que não está bem integrado. Constantemente me sinto ansioso, como se algo não estivesse certo. Mas há situações que parece que tudo faz sentido, que tudo parece fluir. Nunca sei como criar momentos de fluxo ao invés de tensão. Daí a ansiedade.
Sempre percebi que minha tendência diante das coisas é ter uma compreensão precisa de tudo. Como se as coisas não podessem se determinar por elas mesmas. Tento definir demais os meus relacionamentos, meus gostos, etc. Não estou simplesmente vivenciando as coisas, tenho que saber sobre elas.