Algumas reflexões para esse final de ano gostaria de deixar. Mais um texto sem muitas ambições. Talvez durante esse período de viagem conseguirei me dedicar a um texto mais estruturado. Percebo que com esse fim de ano há a necessidade talvez de esvaziar a mente, uma coisa que tenho muita dificuldade de fazer. Desde o post passado tenho percebido minha tendência ao controle, a buscar ideais, a ter necessidade de certeza sobre minha vida e a vida da humanidade. Com isso, existe um peso que carrego sempre.
Não sei ao certo se dedico esse texto para uma reflexão em cima das problemáticas que vem ocupando minha mente ou se tento trazer uma retomado do que aconteceu durante esse ano. Busco respirar um pouco, consultar meu organismo para saber aquilo que surge em mim. Tenho expectativas, vontades, desejos. Quase sempre demasiados. Sempre com a necessidade de obter mais informação e conhecimento. Tenho ideias. E me vejo frustrado por não conseguir colocar em prática.
Esse ano foi um ano estranho, pesado, cheio de dificuldades. Sinto que o dever de me responsabilizar chegou, porém não sei até que ponto pesa essa responsabilidade, ou se esse peso sou eu que escolho.
Me vem a ideia de escrever textos em Esperanto sobre assuntos como Ecologia, Permacultura, Veganismo e assuntos afins. Porém logo vejo que é um trabalho imenso. Ainda não consigo desenvolver um texto em Esperanto, quanto mais falando sobre assunto que exigem tanta a atenção e esforço. Me dá medo o fato de não poder fazer muita coisa por isso. Não digo que estou parado, mas isso que ando fazendo parece muito pouco diante do tamanho das demandas.
Daí de vez em quando me vem a mensagem: Não apresse o rio, ele corre sozinho. Então consigo relaxar um pouco, ver o quanto estou me exigindo em demasia, me exigindo e exigindo o mundo uma mudança de comportamento. Vejo como isso não funciona.
Psicologicamente percebo o como não deixo que a energia acabe, tento estar ativo o máximo de tempo possível. Porém não permito o outro lado da experiência de estar passivo, receptivo como Osho diria. Não existe essa possibilidade de não ter objetivos, de não almejar nada, nem por um segundo. Acredito que acabo cometendo erros, vivendo pouco a vida por causa de minhas preocupações. Acredito que faz parte dessa experiência de adquirir conhecimento a parte em que não agi, que só permiti ser invadido e não quer acelerar os processos da vida