quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Reflexões de final de ano

            Algumas reflexões para esse final de ano gostaria de deixar. Mais um texto sem muitas ambições. Talvez durante esse período de viagem conseguirei me dedicar a um texto mais estruturado. Percebo que com esse fim de ano há a necessidade talvez de esvaziar a mente, uma coisa que tenho muita dificuldade de fazer. Desde o post passado tenho percebido minha tendência ao controle, a buscar ideais, a ter necessidade de certeza sobre minha vida e a vida da humanidade. Com isso, existe um peso que carrego sempre.

          Não sei ao certo se dedico esse texto para uma reflexão em cima das problemáticas que vem ocupando minha mente ou se tento trazer uma retomado do que aconteceu durante esse ano. Busco respirar um pouco, consultar meu organismo para saber aquilo que surge em mim. Tenho expectativas, vontades, desejos. Quase sempre demasiados. Sempre com a necessidade de obter mais informação e conhecimento. Tenho ideias. E me vejo frustrado por não conseguir colocar em prática. 

              Esse ano foi um ano estranho, pesado, cheio de dificuldades. Sinto que o dever de me responsabilizar chegou, porém não sei até que ponto pesa essa responsabilidade, ou se esse peso sou eu que escolho.

               Me vem a ideia de escrever textos em Esperanto sobre assuntos como Ecologia, Permacultura, Veganismo e assuntos afins. Porém logo vejo que é um trabalho imenso. Ainda não consigo desenvolver um texto em Esperanto, quanto mais falando sobre assunto que exigem tanta a atenção e esforço. Me dá medo o fato de não poder fazer muita coisa por isso. Não digo que estou parado, mas isso que ando fazendo parece muito pouco diante do tamanho das demandas.

            Daí de vez em quando me vem a mensagem: Não apresse o rio, ele corre sozinho. Então consigo relaxar um pouco, ver o quanto estou me exigindo em demasia, me exigindo e exigindo o mundo uma mudança de comportamento. Vejo como isso não funciona.

               Psicologicamente percebo o como não deixo que a energia  acabe, tento estar ativo o máximo de tempo possível. Porém não permito o outro lado da experiência de estar passivo, receptivo como Osho diria. Não existe essa possibilidade de não ter objetivos, de não almejar nada, nem por um segundo. Acredito que acabo cometendo erros, vivendo pouco a vida por causa de minhas  preocupações. Acredito que faz parte dessa experiência de adquirir conhecimento a parte em que não agi, que só permiti ser invadido e não quer acelerar os processos da vida

 

    

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

             Hoje fiz uma caminhada pelo bairro, faz um tempo que não ando por aqui. Foi bom entrar um pouco em movimento, olhar para rua. Necessariamente quando isso acontece já comecei a perceber que entrar num modo reflexivo. A sensação de estar em contato com mundo me ajuda a estar mais em contato comigo. Agora está acontecendo esse fenômeno estranho: Estar isolado em casa me faz pensar em demasiado no mundo lá fora, estando fora de casa quero voltar para mim. Estar lá fora me faz querer rever a relação que tenho comigo mesmo.

        Essa caminhada me fez refletir sobre questões destinadas a condição política e social da sociedade e como me coloco em relação a isso. Estava me esforçando em encontrar uma forma de entender, de chegar a uma resposta satisfatória. Não sei ao certo se quero expor aqui os detalhes de cada ponto que estava refletindo. No final sempre resta a insatisfação por não conseguir encontrar uma síntese.

      É difícil ao me ver saber se posicionar diante dos acontecimentos atuais. O que consegui durante esse ano foi organizar meu cronograma minimamente dentro daquilo que eu sabia que poderia cumprir de alguma forma, mesmo assim não fui bem sucedido em tudo. Tenho a esperança que o processo terapêutico consiga me colocar nos trilhos. Tenho algumas expectativas para esse ano que vem: A vacina, que pelo visto está se tornando cada vez mais uma ilusão, um impossibilidade, outra seria descobrir o que fazer esse ano que vem, o que seria mais conveniente para minha vida. Não posso deixar que 2021 seja uma cópia desse ano. 

      2020 está acabando, existe um gosto amargo no ar, um estranhamento. Tento manter a calma, não me deixar vencer pelo medo e pessimismo. Tenho a esperança que 2021 aguarde algo especial. Percebo que fiz avanços durante esse ano, e espero que esses avanços continuem ano que vem. Tento não apressar o processo tentando descobrir já o que virá, porém quero ter algum tipo de noção, não quero virar o ano de forma cega, sem me preparar de alguma forma.

     Agora só quero esperar, seguir os dias de forma tranquilo, sem pressa. Saber respeitar o tempo, aprender a entregar o controle e deixar que as coisas aconteçam.

    

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Filosofia e Mito - Análise

         Mais um texto lido para a S.F. Gostaria agora mais escrever sobre minhas impressões do texto e da temática, do que transcrever as anotações, ou reproduzir fielmente o texto. Foi uma tema que achei de grande importância, não só para mim, mas também para a sociedade. Precisamos de outras reflexões, de uma diversidade de ponto de vista, também adentrar nos aspectos espirituais e subjetivos da experiência humana.

      Foi importante fazer essa relação entre os aspectos racionais (onde a filosofia se ocupa) e os aspectos irracionais ou inconscientes (terreno da mitologia). Por muito tempo esses dois aspectos foram cindidos da personalidade humana. De um lado luz e do outro lado sombras. 

     A filosofia nasceu com a primeira tentativa do homem superar as limitações impostas pela ignorância. A filosofia se estruturou através do pensamento claro e racional, compreende o mundo como um sistema de leis, onde se encontra a causa para os fenômenos perceptíveis ao ser humano. O texto apresenta quatro elementos básicos da filosofia:

    1- A revolta, a recusa em ficar instalado e satisfeito;

    2 - A lógica, que é o desejo de uma razão coerente.

    3 - O universal, que é a recusa do que é particularmente fechado.

    4 - A aposta, que o gosto pelo encontro e pelo acaso, o engajamento e o risco; desejos estes que se opõem, naturalmente, ao nosso mundo contemporâneo, que não gosta de revolta nem de crítica, que pede para cada um de nós se adapte a ele, desprezando a lógica e a coerência racional, submetido que está a comunicação e às imagens, expostas e ao alcance de todos, nas mais diferentes mídias.

  Esses pontos trazem uma visão que considero muito importante para o pensar, nesse momento reconheço o valor de ter uma criticidade, uma visão mais precisa dos fatos. Só assim pode-se ter uma construção de um pensamento sólido, que consegue chegar a resultados, e entender a realidade de maneira mais satisfatória. 

  Encontro no pensamento filosófica essa potência. Essa capacidade de resolver problemas, de se questionar sobre tudo. Assim, é de fato um olhar revolucionário. Um olhar que permite o progresso, o desenvolvimento das potencialidades humanas. Nos faz imaginar conjuntamente com as ferramentas que a realidade nos dá.

   Por outro lado, existe na construção da civilização ocidental a expulsão desse lado irracional do ser. Tudo aquilo associado às crendices, ao mistérios, aos contos mitológicos que alimentavam nossos antepassados. Toda essa experiência é reprimida, para então se tornar parte do inconsciente da humanidade.

   Então a mitologia revela a parte mais primitiva do ser humano, a parte irracional. Então a constante falta e sentido  que o homem contemporâneo sente é de fato resultado desse desraizamento, desse afastamento de seu passado, de sua herança cultural. Esses mitos aparecem para a psique humana como arquétipos, que unem a experiência individual com a coletiva.

  A aproximação do ser com os símbolos presentes em sua psique faz com que se sinta em uma totalidade, consegue enxergar a partir daquilo que foi mobilizado um sentido próprio da vida, também ao mesmo tempo deve estar aberto para a materialidade do mundo exterior, para o acaso do mundo.

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Reflexões sobre o atual momento

      Pretendo fazer um post mais livre, não tenho algo específico para elaborar. A questão que quero escrever agora é justamente sobre aquilo que é pertinente ser focado e aquilo que não. Essa reflexão se situa a partir de minha última sessão de terapia, que ocorre na terça-feira. Saí da sessão com essa reflexão, da quantidade de coisas que estou me ocupando, como isso dividi minha atenção e energia, sobretudo como isso causa uma necessidade de dar conta de todos esses assuntos, de dominá-los com perfeição.

     Todos os temas que estava destinado a me ocupar, estudar e aplicar faziam parte de um todo, de um propósito. A simplificação de minha rotina me levaria talvez uma limitação de minha auto-imagem, do que acredito ser necessário elaborar para ser alguém que saiba levar a luz algo novo, ou talvez, algo que tenha um valor, algo que possa trazer luz a humanidade.

     O meu objetivo dos Cadernos está alinhado a isso, vejo um importante espaço aqui. Porém vejo que existe uma barreira para alguns dos meus planos. Minha relação com espiritualidade está um pouco abalada. Meus interesses que já tenho há tempos em relação ao mundo espiritual, mais especificamente com o esoterismo estão cada vez mais escassos, não sei ao certo se consigo permanecer estudando e praticando. Também vejo essa falta de energia e interesse diante de meu estudo com o Esperanto. Busco todo dia manter meus estudos, porém cada vez mais vejo o vazio de sentido no investimento em tal língua.

    Quando digo que existe um propósito em todos esses estudos digo isso por ser um conjunto de leituras que me permitem investir no mundo, de encontrar soluções para problemas da sociedade tanto quanto problemas pessoais. Me permitem acessar novos pensamentos, formas de se relacionar com o mundo. Vejo que a partir desse ano as coisas se tornaram cada vez mais caóticas, exigindo um reconfiguração da construção social do globo, com isso uma necessidade de uma novo comportamento diante do conhecimento, diante do comportamento social.

     Agora me volto para o oposto, justamente a limitação da realidade, a vida não pode ser vivido apenas de fantasia, apenas através da imaginação. Daí a realidade determina o que é possível o que não é, castrando, frustrando. Mas sem a imaginação onde pode se inserir? Onde pode-se criar algo, acreditar em algo sem a imaginação? Sem a produção criativa, sem a produção de sentido.

      Existe uma terceira instância, uma instância que tenho dificuldade de acessar ultimamente. A instância da sensibilidade, dos sentimentos, da energia da libido, a pulsão de vida. Essa é parte mais selvagem, mais indomável; quer dizer, talvez a tentativa de domá-la pode tornar esse aspecto cada vez mais violento, destrutivo. No processo desse ano precisei sufocar um pouco tal aspecto de minha personalidade, para não cair no desespero, me render aos pesadelos criados por minha consciência. Precisei de uma dose de controle, de objetivismo, que agora assume outra aparência. Em consequência disso minha respiração está travada, minhas costas e ombros tensos, também grande tensão no maxilar. Sinto constantemente raiva, insegurança, medo, pensamento acelerado. Muitas vezes pouca energia para realizar coisas, preguiça. A vida se tornou mecânica, com pouca espontaneidade, sensação constante de não estar vivendo. 

     Uma fase anterior a essa achava que existia uma oposição entre buscar obter uma identidade, se acercar de leituras, que confirmem quem eu sou e o sentido da minha existência, outra que não obedece uma identidade, que não se limita a rótulos, que não se define, é o que é, sem se apegar a uma estrutura de personalidade. Agora nesse momento, esse conflito toma uma outra forma. Talvez existe um limite para cada extremo. Talvez exista um caminho do meio, mais sofisticado, que se adeque as necessidades do indivíduo, permitir ser vários, entre o conhecido e o desconhecido. 

    Existem dúvidas, existem imprecisões, que gostaria de corrigi-las. Mas provavelmente não é momento para isso. Está acabando o ano, esse ciclo deve terminar, para outro seguir. Será que estou maluco por controle? Nesse ano obtive resultados, cheguei a algum lugar, meu medo é que 2021 seja uma cópia desse ano, que se torne a mesma coisa, que eu repita as mesmas coisas, que eu não caminhar, ter algum ganho significativo.

     

Introdução à filosofia - part 2

 

                                                  Lógica

  • A Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-la a pesquisa e demonstração da verdade.

Lógica formal: Estabelece a forma correta das operações intelectuais - A atividade intelectual reveste três formas - conceber, julgar e raciocinar.

Lógica Material: Determina as leis especiais para aplicar em ciências determinadas - Metodologia.

Lógica Crítica: Estabelece a verdade.

                                                A Ideia

  • Representação intelectual de um objeto:

    2 aspectos da Ideia:

    1. Compreensão: Conjunto de elementos. - Simples ou composto
    2. Extensão: Conjunto de indivíduo a que se aplica a ideia.
      • Individuais: quando representa só um indivíduo.
      • Particulares: Representando uma parte indeterminada de uma classe ou gênero.
      • Universais: Representando a totalidade dos indivíduos de um gênero ou de uma espécie.

                                          O Juízo

    • O ato qual o espírito afirma ou nega uma coisa ou outra.

    3 Elementos:

    • Sujeito

    • Atributo ou predicado

    • Afirmação ou negação

    • Proposição: Expressão de um juízo.

      4 espécies de proposição:

    1. Geral afirmativa - todo o homem é mortal.
    2. Geral negativa - nenhum homem é imortal.
    3. Particular afirmativa - alguns homens são virtuosos.
    4. Particular negativa - alguns homens são virtuosos.

    Oposições - Atentando as proposições, não pelo que exprimem, mas em suas relações mútuas,

    elas se opõem, entre si, de diversas maneiras:

    • Contraditórias - Quando diferem na qualidade e na quantidade.
    • Contrárias - Quando sendo gerais, diferem pela quantidade.
    • Subcontrárias - Quando particulares, diferem pela qualidade.
    • Subalternas - São as proposições que só diferem pela quantidade.

Entrevista para genograma de minha família

             Ontem, fiz uma entrevista com minha prima para fazer meu genograma. Deveria ter feito isso já um tempo, mas acredito que foi p...