quinta-feira, 27 de maio de 2021

                             1 hora antes parei para meditar um pouco sobre as coisas que estão acontecendo, algumas coisas futuras também. Está acabando o mês e algo diferente está acontecendo. Uma sensação completamente diferente dos mês que se antecederam. Os meses de Março e Abril foram de completa reclusão. Vivenciei uma intensa reclusão, me dando uma sensação de nenhum crescimento, tudo estava parado, sentia que não ia conseguir superar essas limitações.

                              Quando chegou esse mês de Maio, houve uma importante mudança. Fui para Gravatá. Depois disso tive algumas saídas recentes. Essas experiências me afetaram de um certa maneira. É estranho pensar que justamente aquilo que almejará por esse tempo teria esse tipo de efeito em mim. Com isso, penso na necessidade de reservar um tempo para mim, voluntariamente. 

                                 Junho seria o mês ideal para isso, deixar um tempo sem contato social, me enxergar de maneira mais honesta. As vivências desse período presente deixaram um certo rastro de coisas inacabadas. Penso que o próximo mês me trará um pouco mais de paz em relação a essas coisas. Não quero ficar estagnado nesse sentimento.

                                    Agora minha questão seria: Estou levando isso tudo muito sério? Por um lado acredito que não, pelo fato de ter me exposto muito ao vírus esse mês e ter gostado muito, seria uma boa desculpa para me isolar. Por outro lado não gostaria de enxergar tanto peso nessas coisas, queria deixar as coisas fluírem. Eu posso permitir as coisas fluírem, sem criar uma relação de culpa ou de outro sentimento pesado. Porém, existe a necessidade de se preservar, entender o que está acontecendo. Para mim seria ideal tomar esse tempo para mim, observar um pouco que acontece.

                                      Julho penso na viagem de Gravatá. Espero que aconteça. Também será um mês de avaliação da minha vida. Do que vou fazer a partir de então. Como estão meus projetos. Penso também em tirar algumas cartas para entender em que fase estarei.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

                 Hoje pensei um pouco qual seria a temática do post de hoje, não me veio muita coisa. Me veio algumas reflexões, então ficaria ainda no mesmo formato que antes. Senti a necessidade de me questionar sobre o atual momento, não sei ao certo se obterei respostas satisfatórias, mas gostaria de me colocar nessa posição, até para entender melhor como ocupo esse espaço do blog.

                 Existe uma sensação de vazio aparente, a situação política não muda, minha vida social e profissional muda muito pouco. Busco não ir pela via do desespero, mas também não consigo muitas vezes ver sentido, pelo menos não consigo enxergar algo de especial nesse momento, alguma coisa que possa sentir entusiasmado. 

                    A busca por menos auto-exigência deu lugar a um vazio de propósito. Não sei se isso é totalmente verdade, acredito que exista propósito, mas nesse momento é como se tudo isso ficasse opaco, não sei ao certo o que está por trás dessa nuvem que seja chama pandemia. Com isso preciso me inventar, me por de pé.

                        Com as leituras ligadas a Gestalt-terapia e fenomenologia me percebo muito ligado as coisas do mundo ao invés das coisas que estão mais profundas em mim mesmo. Consigo fazer uma comparação dos prós e contras disso. A necessidade de se aprofundar constantemente desgasta, torna uma obsessão, criando um esforço desnecessário, dando muito sentido a algo que não precisa ter. Acredito que uma abordagem mais voltadas as coisas me ajuda a ter uma visão mais "pé no chão". Consigo ver as coisa de maneira menos apaixonada. Porém limita a significado e facilmente me torna pouco apaixonado pelas coisas, eu acabo investindo menos por não ver um especial sentido que aquilo contém. Tirar a significação intrínseca das coisas cria esse efeito de não importância, como se a coisa não fosse capaz de me impressionar nem para o bem nem para o mal. Então se tem por um lado um desapego sobre as coisas, porém por outro uma falta de paixão, uma falta de Tesão. Diria que Reich talvez fosse alguém que foi capaz de solucionar esse problema, porém esse não é o momento. 

                            Talvez possa acreditar que tudo isso não passa de uma fase passageira, que verei uma nova realidade depois. Creio que sim, que não seja por acaso que a humanidade esteja vivendo isso. Quero poder enxergar a possibilidade da humanidade se reinventar, mudar seu curso, para algo novo. Não repetir os mesmo erros, poder ser criativa, enxergar o potencial que tem.

                               Me sinto solitário, tanto no âmbito pessoal, como no âmbito social. Não me sinto capaz de fazer mudanças, pelo menos num campo macro. Isso às vezes me angustia, como se não houvesse saída, todas as cartas já foram jogadas. Tudo está me apontando para esse caminho que estou agora, sem distrações, sem investir em projetos diversos, foco numa só coisa. Não dispersar energia com coisas fora do centro, manter minha atenção no centro. Decepções, frustrações, medos, etc. Sentimentos e afetos diversos não podem ser suficientes para tirar do meu caminho.


quinta-feira, 13 de maio de 2021

Viagem para Gravatá

  


                          Esse fim de semana fui para Gravatá. Foi uma grande realização para mim, ir com meus amigos (Thamiris e Marcos) para lá. Acredito que essas coisas não acontecem por acaso, sentia que havia uma energia que me impulsionava para esse lugar, para realizar isso, mesmo com todos os percalços. 

                          Houve o momento antes, agora e depois da viagem. O momento anterior foi justamente de lidar com as ansiedades, com a probabilidade de não acontecer, também os planejamentos e etc. Houveram muitas mudanças durante esse processo. A ideia inicial era fazer essa viagem com Marcos , apenas, como um teste, acabou que no final chamamos Thamiris também. Escolhi as cervejas, fizemos uma playlist. Queria inclusive que fosse o meu momento para ouvir minhas músicas. No final tudo deu certo, no dia da sexta-feira, 7 de Maio, estávamos seguindo para Gravatá.

                        Foi uma conquista única na minha vida, nunca consegui usufruir dessa casa dessa maneira. Havia um ambiente de liberdade, de total despojamento. Necessitava disso a tanto tempo, e só agora consegui. Essa liberdade inclusive foi estranha para mim, nunca estava acostumado. Me ver ali, com pessoas da minha idade, desfrutando de tudo, da maneira que queríamos, era de fato algo inédito. Tive dificuldade de assimilar isso. 

                             Antes mesmo da viagem sentia que ela iria me mudar, mas não saberia como. Agora penso que de fato ela me mudou, porém não sei até que ponto. Enquanto estava lá percebi novas facetas minhas, novas realidades, novas possibilidades, até então não exploradas.  Foi uma aprendizagem, percebi que não precisava mais de uma série vícios meus. Aquele momento me permitiu ser leve, acreditar na vida, acreditar nas pessoas que estavam ao meu lado.

                                 Havia ansiedade, haviam dúvidas, haviam várias coisas. Porém a totalidade do evento me mostrou as potencialidades presentes em minha vida. Como a primeira viagem do ano mudou minha cabeça, agora essa viagem tem a mesma importância. Agora estou andando com meus próprios pés. O primeiro contato com a casa foi algo mágico, senti como se estivesse de novo naquele lugar quando criança, só que não havia censura mais, podia pular, gritar, estava com meus amigos. Também havia o contato com a natureza, o silêncio, a paisagem me indica como deveria vivenciar aquele momento, era como se o universo me dissesse que estava tudo bem, que aquele momento podia descansar, podia deixar todo peso para trás. Ali me sentia acolhido.

                                Agora, o pós-viagem também trouxe seu peso. Uma sensação de luto, de volta ao vazio. Volto para minha realidade isolada socialmente. Aceito essa condição. Mas existe uma ânsia da próxima, quando vou me sentir ou experienciar a mesma coisa da última vez. Busco ter paciência, esperar, perceber o que vem até mim. Foi bom enquanto durou, não tento lutar contra o fim. Porém o vazio que vem com o fim deixa um incomodo, e agora? Bem, talvez andar continuar a andar com as próprias pernas, não buscar depender de ninguém. Enxergo que a busca pela aprovação alheia é na verdade uma dependência da opinião do outro. Não se aprender a arriscar sozinho, preciso da opinião de alguém alheio para decidir se o que estou fazendo é bom ou ruim.

                                

quinta-feira, 6 de maio de 2021

         Acabei de fazer minha sessão do Biográfico. Me sinto esvaziado, não sei ao certo o que dizer. Mas talvez seja fundamental agora falar mais do que escrever, tem algo mais específico nisso. Agora me resta relatar algumas coisas, deixar minha mente fluir um pouco mais, não ambicionar algum tipo de grande reflexão, buscarei ter paciência com esse processo.

          Um ponto fundamental parece estar aparecendo agora, tenho a sensação que essa viagem irá provocar algo importante em minha vida, não tento adivinhar qual é, só o tempo dirá. Existem mudanças, transições, que acontecem inevitavelmente, só devo aceitá-las. Me sinto ansioso, aguardando a chegada da viagem.

            Agora, a sessão de hoje me fez olhar para o passado, muitas coisas dolorosas, porém fizeram sentido. Posso fazer uma linha de antecedência do meu passado para o meu presente, saber o que aconteceu e ver o que está acontecendo agora. Minha consultora me falou que esse é momento de construção de minha individualidade. Faz sentido. Quero saber mais.

           Esse é um momento sensível, onde certas coisas estão sendo desenvolvidas ao passo que outras foram interrompidas de maneira total. Só agora sinto que posso gozar de fato o convívio com alguém, porém irá terminar e voltarei para a solidão de novo. Talvez há algo para aprender disso, mas me custa acreditar nisso.

            Tive também uma conversa com um ex-professor meu na segunda, me marcou muito essa conversa. Albino, o nome dele.  Me fez entender melhor as coisas. Principalmente no meu caminho de obtenção de conhecimento e atuação no mundo. E entendo melhor esse processo desse blog. Posso alimentar esse lugar com outro tipo de reflexões. Aceito essas mudanças, acredito terão bons resultados, só falta confiar.

Entrevista para genograma de minha família

             Ontem, fiz uma entrevista com minha prima para fazer meu genograma. Deveria ter feito isso já um tempo, mas acredito que foi p...