quinta-feira, 29 de abril de 2021

         Hoje de manhã tive uma sessão do biográfico. Foi muito bom, saí com uma entendimento muito melhor dos eventos recentes. Fiz uma linha de cada evento, o que conecta cada um. Me sinto mais feliz por isso. Pretendo explanar melhor isso aqui.

         Desde terça-feira venho refletindo sobre minhas relações, amizades, etc. Hoje retomei essa reflexão, só que com novos pontos. Ainda falei sobre as minhas viagens que fiz sozinho. Consegui me entender melhor olhando para minha personalidade de forma mais profunda. Em relação ao primeiro tema vi algo importante, uma foi meu insight, outro foi a perspectiva trazida pela pessoa que estava me consultando.

           Primeiro ela trouxe a importância de dar conta de minha próprias expectativas. Foi algo que eu não estava consciente. Ela mesmo falou sobre a função sombra. De fato foi como um aspecto que trago nas minhas relações: exigências, expectativas, preconceitos. Ela trouxe como minha incapacidade de estar com a relação, buscando descobrir o que ela tem para me dar, ao invés crio uma fantasia sobre a situação. Já eu pensei sobre a postura zen das relações, deixar acontecer, não controlar, desenvolver uma capacidade receptiva para o mundo, deixando-o aparecer para mim. Pensando sobre a fala de Perls sobre a vida, como se a vida fosse um fluxo de acontecimentos e nosso dever é só seguir seu curso.

            Depois falei sobre minhas viagens e as coisas que me frustraram. Me veio uma percepção que nesse contexto me trouxe a impressão de eu ser alguém assim, interessado pela diversidade do mundo, que  nutre amizades fora do meu próprio país. Também minha vontade de consumir diversas culturas, arte de diversos lugares. Falando com ela me veio a questão da paciência, o exercício de ser paciente. Aprender o livre curso das coisas, deixando que chegue até mim o que me é apropriado, pelo menos naquele dado momento.

           Consegui enxergar importância em mim mesmo, na escolha das minhas amizades, puder ver meu valor e ainda mais entender que a baixa auto-estima vem de uma cobrança muito grande. Me pergunto agora o resto dessa história, que virá porvir nessas sessões. Buscarei observar todas essas coisas, estar mais presente e aterrizado. Agora mais que nunca ficou a necessidade de ser menos exigente, deixar que as coisas aconteçam naturalmente, aprendendo a vivenciar isso tudo sem grandes tensões.

            

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Aceitar através do vivenciar

         Ainda sinto que não tenho um grande acontecimento para ser relatado, há a mesma impressão sobre o momento atual. Mas em determinado momento me chamou atenção, que não sei ao certo como endereçá-lo. Mas uma constatação é importante fazer, a realidade que se apresenta é essa e nada mais.

           Aceitar a realidade de alguma maneira é um grande desafio, geralmente estou em minha própria cabeça julgando as coisas, ao invés de vivenciá-las. E agora o que me resta é aceitar. Aceitar no sentido de constatar, de presenciar o que está acontecendo, ao invés de fazer uma comparação, análise ou categorização, seria  compreender a coisa como ela é, não como deveria ser.

         Esse é um reconhecimento necessário para mim nesse dado momento. Enxergo muita criatividade nessa atitude. Sempre acreditei que deveria ser alguém que faz muitas coisas, que age sobre o mundo, cria diversas coisas e é reconhecido por isso. Agora, posso me dar o luxo de também não fazer nada, guardar essa energia, me preservar. Com isso posso deixar fluir mais facilmente, sem tensões, isso ao meu ver é criatividade de fato. É permitir se aprofundar nas coisas, sentir, perceber as coisas em seus detalhes. É ver tudo com um olhar holístico, sem me prender tanto ao vício do ser ativo.

         Ultimamente li sobre esse termo Indiferença Criativa. Que julgo ser a tendência natural do organismo resolver os conflitos presentes em si. É permitir a resolução dos problemas a partir da auto-regulação que nós mesmos somos equipados. Saber que vida é ritmo, é tensão e contração. 

              Percebo agora enquanto escrevo isso, escrevo para dentro e para fora. Ás vezes tento entender os sentidos dentro de mim, em minha alma. Mas posso também me projetar para fora, na expressão, na descontração do mundo, nesse acaso que movimenta as coisas constantemente. Existe um lugar do não-eu, onde não existe um sentido dado. Lugar onde se pode experimentar. Acredito que nós perdemos essa possibilidade de enxergar isso.

                Agora, resta nada mais. Interessante aqui eu não esperar mais nada da minha escrita. Lutei tanto, e agora nada. O espaço está vazio, permito que isso aconteça, não quero lutar mais. Deixo que a sabedoria do devir me guie, e eu, me deixar guiar.

quinta-feira, 15 de abril de 2021


                       Ainda penso que essa imagem representa o momento atual. A partir de algumas conversas que tive essa semana essa impressão que a carta causa ainda me vem ela como figura principal. O carro ainda anda, está em movimento, não existe momento para refletir demasiadamente, ou cuidar de alguma cosia específica, a sensação é de contínuo desapego, de ideias, sensações, pensamentos, não há um espaço de conforto, mas movimento.

                        Ainda sinto que essa carta representa minha personalidade sendo desenvolvida. Tive um sessão do Biográfico essa segunda. E ela confirmou que essa época de minha vida ocorre o desenvolvimento de quem eu sou. As minhas inquietudes fazem parte do processo. E acredito que essas inquietudes aparecem na carta, elas que fazem mover. 

                        De fato a sensação de agora é de que eu estou começando a construir coisas, mas nada está firmado. Talvez seja a mesma sensação de estar no começo de uma subida de uma montanha russa, sentindo o que vai suceder.  Olho para a armadura da figura central, e sinto talvez algo parecido. Aquele que está no processo de amadurecimento precisa de uma defesa contra o mundo externo. Precisa enfrentar coisas no mundo sem ter hesitações. Mesmo sentindo frio na barriga, mesmo com todas essas emoções borbulhando por dentro.

                          Acredito que exista um fenômeno importante agora, a carta me trás a ideia de unidade, por quê unidade? Ter uma noção total de mim mesmo, qual meu objeto, para onde vou. Ter receios ou dúvidas representam uma cisão. Agora talvez meu dever seja passar para o mundo minha autenticidade, apresentar alguém que sabe onde pisa. Tenho refletido sobre como eu entrei na pandemia com uma visão infantil do mundo, e agora posso ver as coisas de maneira mais amadurecida (Essa é minha crença). O mundo não pode apresentar mais uma ameaça ao meu ego, mas o lugar onde atuo. 

                           Muito da minha visão sobre as agressões do ambiente seria na verdade agressões contra a imagem que tenho sobre mim mesmo. Me questiono se seria tão necessário me defender disso, se essa luta pode ser infrutífera. Não sei como retornarei ao mundo, se serei exitoso. A própria carta me lembra não pensar no futuro, mas no presente, não pensar em resultados, mas no processo.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

           Ainda percebo uma certa indefinição no que quero escrever aqui. Uma indefinição que está presente na minha vida atualmente. Talvez eu tenha algo mais definido para me deter nesse texto mas gostaria de antes disso deixar minha mente fluir um pouco, buscando algo a mais que esse ponto específico. Essa reflexão pode estar indiretamente/diretamente ligada ao fato .

         Esse momento como disse está marcado pela indefinição, talvez esse termo não está de todo correto porém percebo esse aspecto bem acentuado no momento. Agora vejo a continuação do processo que foi terminar com a Sociedade Fabiana. Sinto que ainda existem dúvidas quanto esse processo, certa insegurança. Agora estou seguindo sozinho nesse caminho, aparecem novas possibilidades, coisas em que devo me responsabilizar, me concentrar nelas. A sensação que fica é a de estar desnudo, sem proteções e agora devo conseguir assumir essa nova missão.

        Algo foi reformulado, me enxergo de maneira diferente. Essa mudança é dolorosa e necessária, se tornar alguém ao invés de algo. Primeiro, veio a sensação de solidão, e agora sinto a tensão da confusão, dos altos e baixos, da inconstância. Não existe um espaço em que posso me confortar, um projeto em que posso me dedicar totalmente. Agora o projeto sou eu.

 

    Jogo de Tarot

  Agora falarei mais especificamente desse jogo que tirei na segunda pelo fato de estar começando um novo "projeto", que seriam estudos ligados ao Tarot, e possivelmente no futuro Astrologia e Esoterismo. Fiquei muito dividido pois era possível de ser mais um grupo que não teria um final feliz.  Achei que era o momento certo de tirar algumas cartas para ficar mais claro o que estava acontecendo. e o resultado foi muito iluminador.

 

       A primeira fileira está (XVI) A Torre e 2 de Copas representando o passado, sendo aí um momento que havia uma harmonia entre os desejos e ideias, porém algo da estrutura em que o grupo se construiu que teve que ruir, e essa ruptura foi de forma agressiva porém libertadora. Isso me fez ver que foi necessária esse rompimento. No momento presente aparece (VII) O Carro, que ficou bastante claro na parte superior do texto. Na carta aparece uma figura solitária, que move para frente, tem abaixo aquilo que move a carruagem, devem ser domados para conseguirem manter sua direção. No centro o círculo simbolizando uma sintonização com o interior e o exterior, essa carta apresenta minha individualidade e para onde ela está apontando. Por último a carta dos (VI) Os Enamorados, agora fica claro o que ela quer dizer, essa carta representa a união de opostos, mas sobretudo numa relação de diferentes, o objetivo do jogo não estava direcionado para uma relação, mas posso pensar de forma geral que essa carta representa o momento em que encontrarei o lugar onde devo permanecer, as relações que devo preservar, e os projetos que estão alinhados com meu propósito. Essa carta é acompanhada pelo 8 de Ouros (Paciência), essa síntese tem que ser aguarda com paciência, o processo não pode ser acelerado, tudo deve ser feito com a maior naturalidade possível.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

          Esse período não houve uma símbolo ou acontecimento em especial. O que se destacou nessa semana talvez fora um estado de alma espacial, um confronto direto com a existência. Penso que esse momento me mostrou uma faceta nova, mas também que já está sendo elaborada já faz um tempo. Posso talvez exemplificar esse momento vivido algo parecido com a letra do Pink Floyd; Us and Them. A letra joga com esses opostos presentes em nossas vidas.

         No fim-de-semana, fiz um tipo de decisão em relação a minha vida, porém a dúvida mais uma vez se impôs. Será que essa decisão é a melhor? Não gostaria de limitar essa percepção a um único campo, acredito que posso englobar essa experiência para várias áreas. Pensei no contraste também do Yin e Yang.

         Esse momento é como se eu estivesse buscando uma unidade, que não é possível onde outro fator se impõe. Esse momento seria um momento de maior solidão, focar em mim mesmo, na minha carreira, no meu próprio ser. Porém nesse mesmo momento aparece a solidão, a necessidade de contato, passo a compreender a minha não-auto-suficiência. 

        O estado frio da calma e da paciência, do não-movimento, me puxa para a necessidade do calor do contato, do experimentar outras coisas, das aventuras no campo social. Venho refletindo muito sobre a necessidade de se afastar das ilusões do mundo lá fora, concentrar nas minhas necessidades do presente ao invés de me apegar a coisas transitórias. Tento insistir nesse caminho, do silêncio interior, contemplar as coisas ao redor sem me apegar a elas.

       Também as questões concernentes ao mundo exterior diante dos problemas sociais me levam a querer fazer algo, construir algum projeto, reagir de alguma forma. Mas algo me diz não fazer isso, manter a calma e permanecer. Seria talvez o tal do Wu Wei.

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