terça-feira, 30 de agosto de 2022

Diário #26

                     Voltando novamente, como sempre não consegui escrever nesse fim de semana, nem ontem. O pior é que aconteceram muitas coisas que valem nota. Não sei ao certo quando ou como vou redigir sobre esses momentos. Mas enfim, tentarei deixar algumas coisas que aconteceram e de resto falarei sobre o dia de hoje.

                       Bem, comecei o dia pensando sobre o dia de ontem. Fui na casa de Dino ontem, lá encontrei Petros e Guilherme. Não foi um dia tão bom assim, mas aguentei até a madrugada. Senti muito mal por algumas coisas. A partir disso estava repensando sobre uma série de coisas em relação a como me relaciono com as pessoas. Estava cansado de sair de casa para encontrar pessoas e sair decepcionado e frustrado. Estava sentindo que precisava me fechar para o mundo e me isolar. Hoje pela manhã continuei com essa reflexão, na dúvida entre me fechar e focar nos meus interesses ou tentar superar as dificuldades presentes em relação a outras pessoas.

                     Não tinha humor para ler nada, não ia ter terapia durante a tarde, então decidi ao invés de focar na leitura tirar algumas cartas de tarô sobre como devo me relacionar com as pessoas e durante a tarde iria para Jaqueira. Então fiz o jogo da Cruz, e cada posição havia um Arcano Maior e outro Arcano Menor. O resultado foi muito interessante e me ajudou a refletir sobre minha postura diante deste assunto. Veio a necessidade de tomar mais responsabilidade diante das minhas decisões e ações, assim buscar não me fiar unicamente no que sinto, mas tendo uma perspectiva mais racional das coisas. Assim, eu teria que insistir mais em me impor no mundo, em tentar fazer com que a minha presença seja sentida, ao invés de sempre estar numa posição passiva. 

                     Refleti um pouco sobre isso. Talvez não preciso mudar da água pro vinho de uma vez só, porém gostaria de ter uma consciência maior do que ganho com cada experiência, ao invés de só olhar o lado negativo das coisas. Muito dificilmente tenho um pensamento de persistência em algo, nunca acredito que sou capaz de construir meu sucesso, através de meus esforços. Sempre sinto que quando algo dá errado eu vou fatalmente fracassar e que não terei outra chance jamais. Pensei sobre isso quando estava voltando da caminhada, que desde Julho, venho tendo várias experiências diversas. Que em nenhum momento fiquei um tempo prolongado sem ter nada para fazer. Há sempre algum tipo de movimento, e gostaria de aproveitar isso por enquanto.

                      Amanhã irei na casa de um amigo de Leandro. Tenho um grande receio de ser uma experiência péssima, mas agora tenho consciência de que estou escolhendo ir para lá e que tenho responsabilidade também por essa experiência. Não também como será o futuro, essa parte também demanda me entregar ao desconhecido. Depois posso avaliar a validez dessa experiência, para saber o que de fato gostaria de cultivar em minha vida e aquilo que não gostaria de cultivar. Penso que ainda gostaria de deixar que os processos de minha vida sigam em seu ritmo natural, não quero apressar nada, quero poder me aceitar dentro das já reconhecidas potencialidades e limitações.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Diário #25

                       Hoje me sinto um pouco diferente. Estou quase uma semana sem tomar remédio, e agora percebi que houve uma alteração no meu humor. Senti raiva intensa antes de fazer meu almoço, e para o final da tarde tive uma sensação de melancolia. Por um lado é como se estivesse aberto a porta para minhas emoções saírem, sinto de certa forma mais vivo, mas tenho receio de ficar um pouco ansioso durante esse fim de semana.

                         Pensei sobre esse fim-de-semana. Estava preocupado por ter tanta coisa acontecendo e não saber ao certo como administrar essa diversidade de coisas. Mas por enquanto está marcado de um grupo de pessoas virem amanhã de tarde para jogar. Depois, talvez irei para Olinda ver Petros, não sei ao certo. Também me pensei um pouco sobre viagem de Gravatá, pensei se seria bom chamar Marton.

                        Eu ia para o Horizonte pela manhã. Demorei um pouco para me arrumar, ia acabar saindo às 11:20 de casa. Porém, meu uber ainda não reconhece as opções de pagamento, então decidi ficar em casa. Não ia ter encontro com o orientador e também a sessão que estava marcada seria online. Na hora do almoço decidi cozinhar um pouco de lentilha, enquanto escutava música. Primeiro comecei escutando Setereolab, mas achei que estava muito calma para aquele momento, depois decidi ouvir Fugazi, que parecia que cabia mais naquele momento. Acredito que intensificou minha raiva. Pensava o como tudo ás vezes parecia confuso e eu tinha que me portar como estivesse tudo bem, como estivesse tranquilo com tudo que está acontecendo. Tentei entrar em contato com a raiva, mas quase sempre isso leva para um mergulho mais intenso. Enquanto o álbum tocava meu pai apareceu para fazer seu almoço, daí tive que mudar de música. Talvez foi um sinal para abaixar um pouco a bola.

                      De resto não sei ao certo o que penso nesse momento. Percebo que é como se tivesse permitido que meus sentimentos tivesse espaço para respirar. Porém, não sei ao certo se isso é bom ou ruim. Talvez agora não esteja tão preso aos meus pensamentos, porém sei como é deixar que as emoções tomem o controle de tudo.

                           Lembro de algo que li ontem sobre a diferença da anima e animus. Talvez a partir disso consigo entender melhor o que sinto, talvez há algo que é irracional, que está fora do meu campo de controle, que "deturpam" a realidade. Muitas vezes me vejo racionalizando as coisas, tentando tornar as coisas previsíveis e suportáveis. Acredito que todo mundo faz isso na realidade. Sacrifica seus próprios sentimentos em prol de um "bom" convívio social. Por outro lado, as emoções desenfreadas não ajudam em muita coisa nesse sentido, só piora tudo. Talvez busque equilíbrio entre essas coisas todas, mas sempre algo toma uma proporção maior que tudo, desordenando tudo, confundindo tudo.

                          Acho que refletir um pouco sobre isso. Gostaria de entender melhor como essas partes atuam em mim. Não sei ao certo se refletir tanto ajuda também, sempre me questiono sobre isso.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Diário #24

                 Voltei de viagem, de novo não consegui focar tanto na escrita do Diário. Felizmente escrevi um pouco durante a viagem e hoje pela manhã sobre algumas coisas. Agora me concentrarei no dia de hoje.

                  Ontem voltei de viagem pelo final da tarde. Para mim essa viagem teve um impacto muito positivo, infelizmente foi uma despedida, espero que não seja para sempre. Ontem e hoje ainda sinto uma energia diferente no ar, estranha e interessante ao mesmo tempo. Tento refletir sobre tudo isso, mesmo assim sinto que não tenho como traduzir através do intelecto. Agora estou em Recife, voltando a habitar essa rotina, voltando ao ritmo anterior. 

                 Pela manhã, fiz a Revisão Semanal. Não tenho tanto entusiasmo de fazer essa revisão, porém penso que seja necessária para minha organização. Fiz uma reflexão sobre qual seria minha filosofia de vida a partir de agora. Entrei num embate interno sobre as coisas que vinheram na minha cabeça nesses dois dias em Maracaípe. Fiquei entre desconsiderar qualquer conceito sobre a vida, para vivenciá-la de forma total as experiências que ela proporciona, ou focar num conhecimento de mim mesmo, do motivos internos que guiam a minha vida. Não consegui chegar uma solução concreta nesse momento. 

                      Depois do almoço, vi alguns videos, e depois voltei a ler No Animals Food. Para mim é um pouco difícil manter essa leitura sem ter que anotar nada sobre, ao mesmo tempo que não tenho vontade de ter que sentar toda vez que leio esse livro. Era um capítulo sobre o consumo de derivados do leite e ovos. Tenho uma certa dificuldade de retirar esses alimentos de minha dieta. Outro ponto que parece para refletir seria o como me posiciono no movimento vegetariano, como enxergo minha ação e como o movimento em si se organiza. Pensava particularmente sobre um vegnique que aconteceria esse domingo promovido pela SVB, se seria interessante de ir participar do encontro ou não.

                          Depois voltei para a Revisão, não me demorei muito. Nesse meio tempo vejo uma mensagem de Dino, falando que estava disponível para ir para Gravatá esse mês que vem. Para mim foi uma surpresa essa mensagem, surpresa de forma negativa. Não estou muito instigado a fazer coisas com Dino agora, pensei um pouco sobre isso e pensei que não consigo enxergar ele de maneira postivo mais. Todas as pessoas que conheço sei como categorizá-las, sei como entender o papel delas na minha vida e como lidar com elas. Parece que agora não sei mais como incluir Dino em minha vida, de maneira. Vejo ele como uma pessoa um pouco imprevisível, parece que ele sabe como atingir meu ponto fraco. Exemplo essa mensagem agora, poderia sim marcar de ir a um bar ou algo assim com ele. Tentei pensar também que a questão poderia ser mais simples, que tudo depende de uma decisão, entre um sim e um não, e as consequências que cada coisa dessas acarreta. 

                          Daí, me arrumei para ir a Jaqueira. Decidi que pensar demais sobre esse assunto não iria me ajudar, que com o tempo saberia escolher as melhores opções. Quando cheguei na Jaqueira, ouvi um pouco do podcast que tinha começado a escutar em Maracaípe. Era sobre Exercícios Fundamentais do caminho mágico. Não havia um exercício específico, eram mais conselhos e elucidações, do que uma prática específica. Foi bom ter escutado, pois eu consigo chegar mais próximo de algumas compreensões, que muitas vezes não consigo elucidar sozinho. Pensei um pouco sobre o que é ter um caminho espiritual e como lidar com as dúvidas que estão acarretadas a ele. Cheguei a uma compreensão que essas dúvidas fazem parte do caminho e não estão fora dele. Tudo aquilo que me constitui sempre faz parte de mim mesmo. Só que com o tempo terei mais sapiência para saber ter discernimento em relação a aquilo que faz parte de meu caminho e aquilo que não faz, ou aquilo que não pode ser guardado para poder focar depois.

                              Gostaria de terminar o relato do diário por agora. Estou um pouco indisposto, gostaria de focar em outras coisas. Vou focar na leitura de Contos de Canterbury para depois assistir alguma série.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Diário #23

                    Pela manhã escrevi sobre a carta da Alta Sacerdotisa, estava esperando um bom tempo para escrever sobre essa carta. Interessante quando nós fazemos algo que estamos a um tempo esperando e quando fazemos essa mesma coisa não parece ser tão animador quanto aquilo que estava em nossa mente.Mas foi bom voltar as anotações, existia algumas coisas que tinha esquecido. Ontem eu pensei um pouco sobre essa carta em relação com a próxima, Alto Sacerdote, pois estou numa certa crise em relação a como lido com a espiritualidade, e que essa última carta seria uma certa confirmação de uma prática religiosa mais objetiva, ao invés de uma entrega a uma motivação oculta presente na carta de Alta Sacerdotisa. Reler certas partes, sobre a anima por exemplo, reforçam certas ideias que já estão presentes em minha mente.

                     A partir dessa carta, penso como está sendo meu processo diante disso tudo. Acho que tive um sentimento desde do começo do dia, até agora, de me questionar sobre minha vida no presente. Porém, esse questionamento não vai muito longe. Sinto que toda vez que me pergunto sobre o que estou vivenciando agora, há sempre uma vazio de sentido, nunca sei onde tentar acertar. Daí a única coisa que me resta é seguir em frente e ter confiança na minha intuição e ações.

                      Antes mesmo de sair para Jaqueira joguei alguns dados. O resultado foi muito parecido com as últimas vezes que joguei. De forma resumida parece que existe de fato uma ação da parte da Divindade em favor do meu processo. Não tenho como ter certeza de como será o resultado de tudo, mas pareceu que não estava sozinho e que nada seria por acaso, essa talvez seria o que ficou mais nítido para mim. 

                         Antes do almoço li um pouco de Revolução Luciferiana e alguns textos do Deldebbio. Buscava entender algo em relação ao campo da espiritualidade. Ainda paira uma sensação de insegurança, de não saber ao certo para ir. Talvez essa impressão é a única que devo me amparar. Consegui encontra uma lista de exercícios para fazer. Pensei um pouco sobre isso, e cheguei numa solução para a questão. Tentarei fazer esses exercícios por um tempo, para ver no que vai dar disso tudo.

                         Fui a Jaqueira a tarde. Baixei um episódio do Foro de Teresina para escutar enquanto caminhava. Não estou conseguindo acessar o Spotify por enquanto, então decidi usar a plataforma do Google. Não sei também ao certo como encarar o universo político, ás vezes parece que não tem esperança resista a situação atual. Não sei se consigo ter algum tipo de expectativa em relação a essas eleições. Até Outubro há muito o que acontecer, porém, não sei se existe alguma forma de mudar algo até lá. Voltei para casa refletindo sobre minha vida, sobre o que aconteceu nos últimos anos, como mudei, como encaro a vida agora e como as coisas podem mudar daqui a algum tempo. Cheguei a uma conclusão que eu só posso investir em ser uma pessoa mais autêntica e mais disposta. Buscar ir atrás daquilo que quero, porém sem criar ilusões, sem buscar ter controle sobre as coisas, simplesmente permitir que as coisas aconteçam da maneira que têm que acontecer.

Algumas considerações sobre essa semana

                    Volto aqui para trazer minhas reflexões sobre esses últimos dias, algumas coisas que não consegui adicionar no meu Diário. Sinto falta de escrever esse tipo de texto, onde posso me expressar com mais intenção. Penso nas mudanças recentes e nas possíveis mudanças futuras. Hoje mesmo falei com Guilherme, e conversamos brevemente sobre como a vida é uma mudança constante.

                    Houveram dois momentos interessantes esse fim-de-semana. O primeiro foi na sexta, quando fui a casa de Guilherme, e o segundo, foi quando Leandro foi na minha. Não ocorreu nada muito incrível, mas  foram momentos em que estive bem, de fato. Em que senti que estava de fato curtindo o momento e não estava ansioso. Na sexta, finalmente senti que estava conversando com alguém minimamente parecido comigo, que houve de fato uma troca. Gostaria de ter ficado mais, mas me preocupei por causa da hora e se iria conseguir voltar de Uber. No segundo momento com Leandro, pude chegar a conclusões importantes que estava tentando entender a algum tempo.

                   Não sei ao certo se consigo manter minha esperança no futuro, na possibilidade de tornar as coisas mais claras e tranquilas para mim mesmo. Eu não tenho muito essa sensação, de que as coisa boas que experiencio vão durar. Sempre tenho a sensação que qualquer prazer duro muito pouco. Hoje pela manhã um texto que me animou um pouco. Falava sobre tornar-se o que se é, dizendo no final do texto que é um processo que dura a vida toda. Muitas vezes me vejo cético diante disso, não sei ao certo se as coisas que fazem parte da minha vida sempre ficarão a meu dispor, ou se sempre vão desaparecer. Ás vezes acredito que muitas coisas sempre ressurgem.

                    Ontem pensei sobre a impermanência. Se tudo é impermanente, nada fica parado sempre, sempre há espaço para transformação. Hoje também escrevi sobre a carta da Alta Sacerdotisa, e lá fala sobre a Lua como um elemento de transformação. Esse mês trouxe coisas novas, diferentes do mês passado. Sinto que se eu estivesse parado talvez até poderia ser bom, porque não teria grandes surpresas, já saberia como seria o dia de amanhã. Movimento sempre é um desafio, porém ajuda a dar sentido a vida.  

                      Tenho receio do futuro, gostaria de entender melhor as coisas. Porém, de certa forma confio no processo, porque ele sempre trás algo novo, algo de valor. Let it be é sempre a mensagem que ressoa em minha cabeça. Deixar que as coisas aconteceçam, Wu Wei. Acho que talvez as melhores coisas a serem vivenciadas são aquelas que simplesmente acontecem e que permitimos que aconteçam.

IIII - Pontifex - Archiereia - Alta Sacerdotisa (4,2)

                                                                            

         Motto: Statu variabilis (Firme na mudança)

         Divindades: Artemis, Diana, Hecate, Luna, Isis, Persephone.

         Dados: 1+4= Amor + Mãe (Água Hexactys); 3+1= Família + Mãe (Fogo Hexactys)

         Astragali:  1+4+1= Amor + Santo + Feminino

         Letra Grega: Epsilon; Exo = fora, além, para fora.

         Trigrama:  :I: Nome: K´an = O Abismal, Imagem: Água, Chuva, Lua. A segunda Filha, associada com paixão, perigo, penetração. Leste do Nascer do Sol.


      Descrição: Representa os componentes femininos da mente inconsciente. Está aliada aos processos ocultos, aqueles que invisivelmente guiam, desenvolvem, conectam e relacionam, tudo aquilo que transcende a dualidade. Representa o inconsciente, como processo sintético da memória. Sua atividade é simbolizada pela água abismal: Escura, impenetrável, infinitamente profunda, sempre misturando, fluindo. Sempre buscando restaurar a totalidade quando a divisão vai longe demais.

                      Está ligada a Lua, princípio oculto da mudança nos ciclos de crescimento e declínio. Representa a balança osciladora entre matéria e espírito. Incorpora os aspectos femininos da espiritualidade. No homem, a psicologia lunar manifesta-se como anima no inconsciente, que é representada pelo lado escuro da Lua. Na mulher, a psicologia lunar se manifesta no consciente. A psicologia solar se manifesta como animus, representado pelo Sol Niger (Sol Negro). Assim, o lado brilhante da Lua e do Sol são representados pelas cartas (II) Imperatriz e (III) Imperador, enquanto o lado escuro da Lua e do Sol são representados por (IIII) Alta Sacerdotisa e (V) Alto Sacerdote.

                         A Anima, tem características como lealdade, consoladora, ilusionista, sedutora, ambivalente, vaidosa, melindrosa, sentimental, ressentida e sujeita a humores irracionais. Personifica os elementos do inconsciente coletivo. Luna representa os 6 planetas e seu metal Prata é a soma e essência dos espíritos dos 6 metais.

                       Sua divindades são Artemis, Diana, Hécate e Perséfone. Hecate é Triformis ou Triceps, pois ela governa os céus durante a Lua Cheia (Selena), Governa a terra durante a Lua Crescente e Minguante (Artemis), e governa o submundo durante a Lua Nova (Perséfone). Os alquimistas dizem que a Diana Virgem é a Primeira Mãe (Prima Mater, a substância feminina da transformação. A Esposa Espiritual e Mãe. É a Mater Alchimia, a matéria de todas as coisas, a Matrix, Femina, Virgo, Puella, Pregnans (Grávida), Sophia, Luna e Meretrix . Ela é o "o vaso e a matéria do bem e do mal" (Jung, MC.18,20,105). Matéria e Matriz derivam da palavra Mãe.   A Lua é um atributo de Artemis e artemísia é um erva lunar. A lua também surge como uma mediadora, como Hermes. Ela está entre a Terra e o Céu, mostrando sua parte de baixo e de cima, demonstrando os dois caminhos.  A romã está associada a Demeter e Persefone. Símbolo do princípio passivo, casamento, fertilidade e nascimento.   

                         Apolo e Artemis representam a operação não-vista da mente subconsciente, o brilho do insight, o salto intuitivo. (VI) Os Enamorados, representa a união de Apolo e Artemis pelo Eros, procriação de Hermes e Afrodite (I.Mago e II. Imperatriz).

                           A Lua é a mãe do Sol, também como sua esposa , que significa que o inconsciente está grávido da consciência e pare ele (Jung, MC.175-7). A Lua representa as qualidades da conexão e relacionamento que caracterizam o Eros Maternal (Jung, Aim, 12-3) pela água ser fria (junção) e molhada (produção). Em contraste com o Sol, que representa as qualidades da descriminação e cognição, que caracterizam o Logos Paternal. Por ser o Fogo quente (separação) e seco (imposição). A Alta Sacerdotisa e o Alto Sacerdote são frutos da água e do fogo no VI. Os Enamorados. Sol é o "calor do Firmamento" e Luna o "úmido eterno".

 

*A Alta Sacerdotisa está ligada ao "Pentad". Ver significado de Epsilon e os Cincos do Minor Arcana                        

   

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Diário #22

                 Hoje talvez estive com mais questões. Percebo o peso de meus pensamentos, tenho muitos. Penso se estou acumulando muitas ideias sobre muitas coisas e acabo por lotar minha cabeça de tantos questionamentos e reflexões. Me pergunto se estou tentando acelerar o processo de chegar a conclusões. Com medo de me equivocar, com medo do erro. Me lembro do que Perls falava sobre isso, que erros não sãopecados que o verdadeiro pecado é o perfeccionismo.

                    Pela manhã continuei minha leitura do livro Gestalt-Terapia e Experiência de campo. Não li muito do livro. Falava sobre os ajustamentos psicóticos. Foi bom voltar a essas leituras. Depois vi alguns videos sobre organização. Refleti um pouco sobre isso, do qual formato seria melhor para organizar o Notion. 

                       De tarde fui a terapia. Estava refletindo sobre outras coisas enquanto chegava lá. Pensei sobre minha identidade e como ela não dialoga com a maioria das pessoas. Pensei em levar esse questionamento a terapia. Entrei num emaranhado de coisas que acabaram indo para outro lugares. Saí com a sensação que realmente não sei quase nada de nada, que não tenho como ter controle sobre nada. Essa reflexão me acompanhou em outros momentos.

                          Fui depois a Jaqueira. Continuei a ouvir o podcast de Matheus Ruzzarin. Ele falava sobre a obra de Platão. Enquanto isso pensava quando que teria disponibilidade para lê-lo. Acho que depois da conversa de Leandro no domingo, me senti com a obrigação de logo ler tudo, para que então pudesse ter uma conversa com Pedro. É algo que mal consigo prever sobre mim, uma ansiedade imensa para competir. Como se eu não aceitasse o momento presente, como se eu não desse tempo ao tempo. Depois quando estava voltando para casa pensava sobre essas coisas todas, e de repente me veio um insight: pensei que o segredo estava naquilo que não sei do que naquilo que sei. Não tinha percebido que todas as questões que povoam as minhas reflexões estão ligados a tudo aquilo que ainda não domino, tudo aquilo que não tenho controle. Isso envolve tanto espiritualidade, quanto política, quanto outras áreas. Tenho uma ânsia para saber mais, para ter mais controle sobre o que sei e que eu tenho como responder as grandes perguntas. Como se eu não me permitisse não ter controle, estar aberto para o mundo, para tudo aquilo que deriva. A postura contrária seria talvez a mais ideal, compreender a própria ingenuidade, compreender minha própria pequenez diante do mundo, sabendo que me relaciono com ele, ao invés de ter uma postura de poder sobre o mundo.

                           Esse foi um ponto que trouxe a conversa com Leandro. Talvez foi a primeira vez que consegui entender de forma mais profunda a totalidade de coisas que venho estudando. Porém, ainda sei que minha capacidade é muito inferior diante da complexidade que é o real. Assim, busco desenvolver uma abertura para o real, como diria Bornheim. Tudo que busco saber é antes tudo uma consciência de que não sei. Uma consciência da minha própria incompletude, da minha própria falta.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Diário #21

                 Volto a escrever aqui, está ficando costumeiro não escrever durante o fim de semana. Porém, penso em fazer um post especial para o que aconteceu. Agora, irei focar no que aconteceu hoje. Penso que hoje foi um dia um pouco diferente. Não consigo ter uma certeza do como descrever o dia. Acredito que estive com mais energia do que usualmente, talvez mais leve.

                     Acordei cedo para ir atender às 08:00. Estou conseguindo acordar às 6, surpreendentemente. Cheguei meia-hora antes da consulente chegar. Ela ainda chegou atrasada. Ainda me sinto um tanto ansioso antes das sessões. Mas sei que com o tempo isso vai mudar. Quando começa a sessão com ela parece que tudo flui mais naturalmente. As temáticas são bastante diferentes do outro consulente da sexta. São temáticas mais emocionais, quanto ele trás questões mais práticas. 

                     Quando ela saiu, dediquei um tempo em silêncio, para deixar um pouco da energia da sessão se esvair. Depois comecei a escrever sobre a sessão. Escrevi no Cadernos, pois não estava com o caderno dos atendimentos nem o diário de bordo (aliás preciso transcrever esse texto para o Notion). Escrevi também um insight que tive. Depois voltei a ler Clínicas Gestálticas. Porém, não avancei muito na leitura. Foi bom voltar a ler algo relacionado a psicologia, sair um pouco da leitura de filosofia. Quando estava voltando para casa, comecei a pensar na possibilidade de fazer um grupo de estudos, tentei pensar uma forma que as coisas se organizem de uma maneira que seja interessante para mim.

                       Pela tarde foquei em organizar meu quarto. Acredito que as segundas serão para organização do quarto novamente. Agora, percebo que estou mais disposto a isso. Consegui visualizar melhor como disponibilizar mais espaço, e recolocar certas coisas. Isso me deu uma nova perspectiva em relação as minhas coisas e como me relaciono com elas. Talvez não esteja tudo perfeito, talvez eu não saiba exatamente como cada coisa tem que ser encarada, porém, a cada momento posso ter uma visão mais criativa e inteligente diante das coisas que fazem parte de minha vida. Outro momento interessante sobre tudo isso, foi acompanhar minha mãe até um local onde se vende água de coco. Até lá estava pensando numa música tocada por John Renbourn, uma música medieval. Pensei como seria bom voltar a práticar violão erudito, que isso seria algo que daria mais sentido a outras coisas em minha vida. Muitas vezes imaginava como seria bom saber diversas peças eruditas no violão, como isso seria um entretenimento para mim. Porém, ao mesmo tempo sei o quão isso exige muita dedicação.

                       De vez em quando percebo a quantidade de coisas habitam em mim. Coisas extremamente contraditórias. Por exemplo, estava ouvindo na hora do almoço versões folk das músicas do Crass. Me identifico com essa postura mais progressista, mas em outros campos poderia ser confundido com um conservador. Muitas vezes me sinto perdido em mim mesmo, sem saber direito como me identificar. Gosto da ideia de ser uma abertura constante, porém é um tanto desconfortável assumir essa posição.

                  

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Diário #20

                Acredito que hoje estou com a mente mais vazia. Não há tanta complexidade no ar como ontem. Um momento do dia foquei em questões mais práticas. Fiz a Revisão Semanal hoje, acho que tive mais paciência e mais clareza do que nos outros dias. Consegui organizar mais ou menos bem meu sistema. Continuei também a ler o No Animals Food, li três páginas apenas, gostaria de chegar logo na parte das receitas. De tarde continuei com a Revisão, senti que de tarde estava mais desmotivado para continuar.

               Fui para Jaqueira pela tarde. Antes de ir tive um sentimento de angústia, não sabia direito o que fazer com isso. Minha tendência é sempre encontrar uma resposta rápida para resolver isso e seguir em frente, uma forma de organizar tudo e tornar tudo inteligível. Mas logo pensei também que talvez não precisaria ter tudo organizado e perceptível. Fui andando para Jaqueira pensando. Enquanto andava pensava também na possibilidade da viagem em Setembro. Pensei se estou a vontade para ir de novo e quais seriam as condições para isso. Pensei também que era muito cedo para me preocupar com a viagem. Que até lá haveriam muitas coisas que podiam me ajudar a fazer uma escolha.

              Continuei o podcast de Matheus Ruzzarin, felizmente estava numa parte que eles estavam falando sobre Inteligência Artificial. Um assunto que me acerco muito pouco. Foi bom pelo fato de conhecer algo novo e de não me exigir maior atenção para entender, simplesmente deixei fluir e absorvia aquilo que era mais fácil de entender. Foi bom não focar em questões tão subjetivas. De forma total percebi que estava mais leve, sem me ocupar tanto com grandes questões. Me pergunto se deveria deixar de fato as coisas acontecerem, sem buscar ter um controle. Cada momento pede uma forma de lida com ele. Há momentos onde estou mais tenso e outro em que estou mais tranquilo. Portanto, são coisas que fogem minha capacidade de raciocinar, de tornar compreensível a mim mesmo.

             Refleti um pouco sobre a ideia de saúde para Pitágoras. Assim, saúde não seria meramente buscar um estado de bem estar físico e mental, mas uma busca por um equilíbrio constante diante de todas coisas. Estava refletindo também sobre as três atividades que quero manter em minha vida: meditação, diário e exercícios físicos. Acredito que estou me dedicando mais aos dois últimos, estou fazendo pranayama durante as manhãs, mas não conto isso como exatamente uma meditação. Sinto que talvez o equilíbrio em minha vida depende dessas três atividades, e sei que independente como está minha vida deveria mantê-las acontecendo. Outro ponto que refleti foi o fato de que se mantenho essas práticas em minha vida, o básico eu terei, poderia reduzir minhas preocupações bastante, e que tudo que desenvolveria a posteriori dependeria de uma forma ou de outra desses três pontos.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Diário #19

                   Dia de Terça, dia inspirado como sempre. Iniciei o dia com uma aula no Communitas. Percebo que ter esses encontros me ajudam a enxergar coisas que não consigo facilmente. Ouvir outra pessoa falando sobre um assunto abre minhas perspectivas para aquilo que é dito. Depois comecei a ler um artigo de Paul Goodman sobre Kropotkin, mais especificamente sobre seu livro Memórias de um Revolucionário. Eu consegui entender de modo geral, peguei algumas citações, mas fiquei com a sensação que não havia uma síntese desse texto, senti que algo de muito avulso.

                    A tarde tive a terapia e depois fui a Jaqueira. A sessão foi boa, senti que estava mais tranquilo, apesar de ter problematizado um série de coisas em minha vida, porém me senti mais leve em relação as coisas que estava falando. Depois disso fui a Jaqueira de Uber. Lá fiquei ouvindo o resto da entrevista do Matheus Ruzzarin. Nessa parte ele fala mais sobre filosofia, mais especificamente sobre Sócrates. Indo para casa depois da caminhada refleti um pouco mais sobre algumas questões (como sempre). Houve uma mudança de perspectiva entre o momento da manhã para o momento quando estava chegando em casa. De manhã pensei sobre uma visão positiva em buscar o amor pela sabedoria, onde reside o significado da palavra Filosofia. Isso significa, que a busca pelo conhecimento é sim algo positivo, que deveria buscar e incentivar. Porém, quando estava chegando em casa pensei, como foi sensível a minha mudança de perspectiva quando li o livro Introdução ao Filosofar. Não posso enxergar mais a conquista do conhecimento como um simples acúmulo de conceitos, me utilizando daqueles que me apetecem mais. Conhecer seria um ato de entrega, seria um mergulhar profundo naquilo que se conhece, seria um ato de abertura. Então, conhecer os grandes clássicos, por exemplo, não é mais um subterfúgio para justificar uma série de pensamentos que já estão presentes em mim, mas seria um salto para um desconhecido, seria me despir completamente dos conceitos anteriores para adquirir novos. 

                  Esse tipo de pensamento muda radicalmente a forma como me vejo e vejo o mundo. Percebo isso como algo que foi extremamente importante na minha vida. Como se não estivesse preparado anos antes, que só agora fui aprovado pelos Deuses para entrar em tal universo. Obviamente, isso seria uma espécie de sacrifício: tenho que abdicar daquilo que fui, da minha perspectiva anterior para adquirir uma nova. Há um processo de morte e renascimento aqui. Então, não poderia simplesmente achar que meus estudos são uma continuação das coisas que estudei e me relacionei no passado, mas como uma transformação profunda do meu ser. Portanto, exigiria muito mais cautela e paciência para lidar com tais coisas. Estudar um filósofo talvez me exigiria anos para compreender em sua totalidade sua obra, para só então depois passar para o próximo. Tenho minhas reais dúvidas sobre aqueles que engolem tais obras, que não deram o devido tempo para contemplar suas reflexões.

                Sinto um misto de curiosidade e receio diante disso tudo. Sei o quanto posso estar perdendo quando me aprofundo nessas leituras, mas ao mesmo tempo há um desejo irresistível de conhecer, de saber mais, de compreender melhor uma série de coisas. Quero deixar que o tempo decida sobre isso tudo e que eu saiba ter calma para saber a justa medida de tudo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Diário #18

                    De novo não consegui escrever no final de semana. Pior que foi um fim de semana muito importante. Duas amizades fizeram despedidas. Guilherme indo para São Paulo e Ásia indo para Itália. Por incrível que pareça não me senti triste (pelo menos não muito). Também conheci novas pessoas, possíveis futuras rolos. Também revi Renan e Kelly na Jaqueira no sábado pela manhã.

                 Hoje pensei um pouco durante o final da tarde sobre essas coisas. Senti muita necessidade de parar, e digerir as coisas que vem acontecendo. Por mais que eu encontre formas de compreender a situação atual, não consigo evitar a sensação de que não consigo de fato entender, não consigo revelar a mim mesmo o que realmente está acontecendo, por mais que eu sinta que estou mais próximo a essa compreensão. Me perguntei sobre porque tantos acontecimentos, alguns positivos outros negativos. Ainda me sinto sobre suspenso, apesar de minhas descobertas e reflexões.

                     Pela manhã atendi uma pessoa nova. Obviamente me senti ansioso, mas estou menos do que geralmente me sentia antes. Ainda me sinto inseguro, porém consigo compreender essa insegurança, sabendo que tudo só depende de mais experiência. Percebo que estou fazendo avanços no campo profissional, isso demonstra que nada está estagnado. Porém, mesmo assim me sinto questionador, como se sempre houvesse possibilidade de tudo dar errado.

                        Depois da sessão, sentei um pouco para ler. Continuei o último capítulo de Introdução ao filosofar, pois ontem tinha bebido um pouco de vinho, e minha compreensão do livro ficou um pouco difícil.  Hoje terminei o capítulo, chegando a grandes conclusões. Acredito que foi um grande acontecimento ter me deparado com esse livro. Vejo como a minha percepção para com a filosofia e para com uma série de outras coisas mudou. Quero deixar um tempo para digerir todas essas coisas.

                          Agora reflito sobre um série de coisas. Mas, ainda sinto que não consigo solucionar muita coisa. No final de tudo, resta só deixar as coisas acontecerem, confiar um pouco mais na vida. Não sei se consigo simplesmente vivenciar as coisas. Muitas vezes sinto que só vivencio certas coisas, porém não sei ao certo se foi bom ou ruim. Muitas vezes sinto que as coisas simplesmente acontecem e não tenho muito como julgá-las. Não gosto da ideia de apenas deixar elas passarem, como foi em Gravatá. De alguma forma sinto a necessidade de saber o que isso tudo têm a me dizer, mas muitas vezes acabo girando em torno das mesmas coisas, sem ter uma solução concreta. Sei o quanto tento ter controle sobre as coisas, mas tentar não ter controle não é a mesma coisas que não ter controle. Saber que posso não saber de tudo não me faz ter a compreensão que não preciso sofrer com aquilo que eu ainda não sei. Aceitar e confiar é uma tarefa dificílima. 

                       Por enquanto a única coisa que tenho a fazer é deixar as coisas acontecerem, sem tentar mudar nada, deixar as coisas como são e como estão sendo. Saber não agir nas situações exige muita paciência, deixar as coisas como estão é um exercício que tento focar agora. Não posso seguir as ordens dos outros enquanto os outros podem estar tão confusos quanto eu, posso até errar, mas só eu saberei como remediar meus erros.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Diário #17

                 Hoje voltei um pouco com o caos de antes. Porém, percebi que talvez precisaria desse caos, talvez faz parte da minha realidade isso, devo talvez vivenciar esse sentimento de estar perdido até conseguir entender um pouco melhor essas coisas todas, para depois encontrar uma saída. Refleti um pouco sobre isso nessa tarde, o como posso lidar com os aspectos que estão em desalinho, para conseguir aos pouco entender o sentido das coisas para então tomar algum tipo de iniciativa.

                 Pela manhã comecei lendo sobre o Tarô Pitagórico. Retomei meu gosto por essa leitura, já que encontrei na carta que estava lendo (Alta Sacerdotisa) aquilo que tinha compreendido na última tiragem de cartas. Fala sobre o inconsciente como manifestação do aspecto feminino da psique masculina, também fala sobre como sua natureza é oculta, diametralmente oposta a representação do consciente do Imperador. Me sinto muito encontrado com essas leituras, me sinto muito autêntico lendo essas cartas, como conectado com algo muito profundo do meu ser. Senti um pouco de preocupação durante esse dia, como se eu tivesse pressa para entender qual minha relação com a espiritualidade e a minha necessidade ansiosa de chegar a uma conclusão. De outro percebo que não posso chegar a essas conclusões de maneira apressada. Essa pressa me leva a um certo desprazer, me tira do sentimento de harmonia quando encontro algo que comunica algo muito sincero e genuíno sobre mim.

              Depois dessa leitura fui ler Revolução Luciferiana, e talvez esse sentimento de aversão fica um pouco mais acentuada quando eu leio esse livro. Tenho dificuldade de confiar nessa intuição. Há coisas muito valiosas nesse livro, porém muitas outras que acredito ter já superado. Espero conseguir encontrar uma serenidade maior, onde não preciso focar tanto nas coisas que me causam desarmonia e me focar mais naquelas que me trazem harmonia e paz. Fiquei refletindo um pouco sobre isso quando estava voltando para casa da Jaqueira.

           De tarde comecei a ver um podcast com um brasileiro que mora no México. Ele é irmão de outra pessoa que vejo alguns videos dele. Vi mais ou menos uma hora do podcast. Depois fui fazer outras coisas. Paguei algumas pendências. Pensei um pouco sobre a organização dos meus dias. Para mim ficou mais lógico deixar para ver a questão do artigo nas sextas pela tarde já que estaria no Horizonte para atender pela manhã. Deixei então de ir para Jaqueira nas terças, quartas e quintas.

         Então de tarde fui a Jaqueira. Lá continuei a ouvir o podcast. Achei muito interessante a trajetória dele. Pensei que poderia ser alguém a me espelhar, alguém em que poderia usar o exemplo para seguir seus passos. Claro que não faria as mesmas coisas que ele fez, mas poderia me inspirar para explorar novos horizontes além daqueles que estou acostumado. 

       Esqueci de incluir aqui que pensei em incluir exercícios de pranayama quando acordar todos os dias. Acredito que meus pedidos foram atendidos. Encontrei uma prática que tenha uma relação mínima com a meditação que achei viável em aplicar. Veremos que será essa prática. Ainda senti um pouco de ansiedade pela sensação de ser muito pouco, mas seria bom como início. Espero também que possa ficar mais tranquilo com essa prática e deixar as coisas fluírem com mais calma.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Diário #16

                Hoje foi um dia reflexivo. Pensei um pouco durante a tarde sobre como eu me encerro em meus pensamentos, me torno uma pessoa extremamente mental. Penso que o exercício físico pode me ajudar nesse aspecto. Refleti sobre como a mente tende a querer organizar as coisas e categorizá-las, para que as vivências façam sentido. Há um grande incomodo quando as coisas parecem que não fazem sentido. Acredito que me exercitar talvez ajude a não tentar buscar ter tanto controle sobre as coisas e deixar as coisas fluírem melhor.

               Pela manhã, comecei a ler Trabalho Organizado, me senti até animado em começar esse ebook. Depois voltei também a ler No Animals Food. Nesse momento pensei como sentia falta de haver um canal para compartilhar essas leituras ao invés de ser algo que fica preso em mim. Gostaria de ter uma plataforma para colocar essas coisas, para poder exprimir melhor meus pensamentos e reflexões sobre os mais diversos assuntos. Pensei um pouco sobre a Sociedade Fabiana, como ela era essa promessa de um espaço de expressão de diversos assuntos permitir que eles floresçam e se desenvolvam. 

                 No começo da tarde vi o video da Thais Godinho sobre as Áreas da Vida, dei uma olhada nisso no Notion. Não deu muito tempo para me concentrar direito nisso. Logo estava me arrumando para ir para a Jaqueira. Fiz alguns alongamentos e aquecimentos e fui. Lá na Jaqueira estava ouvindo um podcast que está ficando bem famoso, chamado A Mulher da Casa Assombrada. De fato a história faz jus ao nome, parecendo de fato um história de terror. Algumas coisas sobre a história me deixaram revoltado. Depois, voltando para casa comecei a pensar sobre a possibilidade de mudar de abordagem na clínica. Quando chego em casa paro para pensar nessas diversas teorias, mas tentando encontrar um lugar comum em que todas se apoiam, tentando chegar a uma concepção da clínica contemporânea.

               Logo quando estava pensando nisso enquanto arrumava as coisas para o jantar, vi as mensagens do Whatsapp. Lá estavam praticamente três mensagens  de possíveis atendimentos futuros. Achei incrível a sincronicidade. Nunca tinha recebido assim tão rápido três clientes de uma vez. Pensei um pouco sobre isso também, pensei que agora é o momento em que talvez não esteja totalmente entusiasmado com a clínica ao mesmo tempo que foi um momento de tentar esclarecer algumas coisas sobre a mesma clínica. Me sinto mais seguro de certa forma, mas ao mesmo tempo sabendo a grandeza do desafio, não buscando menosprezá-lo.

                     Pensei também um pouco sobre a sincronicidade. Certas coisas acontecem em determinados momentos muito únicos. Isso podia acontecer logo no momento em que entrei no Papsi. Ou no momento em que estava começando a perder as esperanças no meu futuro profissional. Ontem estava justamente nesse conflito, com a sensação de não ver futuro em nenhuma área de minha vida. Posso de certa confiar nesses acontecimentos, tendo cuidado para não ter uma crença cega.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Diário #15

                             Hoje foi um dia mais contemplativo. Decidi não continuar com a leitura e refletir um pouco. Muitos pensamentos, um pouco de ansiedade. Estava pensando no como deveria dar mais valor a contemplação, que poderia deixar as coisas fluirem, ao invés de me prender a algo. Estou um pouco ansioso para resolver algumas questões, me sinto impaciente para ter respostas, mas por um lado percebo que só deixar as coisas acontecerem naturalmente, tudo vai se organizar.

                                 Não aguentei muito tempo dessa forma, mas por um lado tentei fazer as coisas que pareciam ser naturais para o momento. Lembrei de um texto do Marcelo Del Debbio, chamado Por que Religar? Para mim foi um texto bastante esclarecedor. Percebi que o conhecimento é algo que se associa a diversos outros conhecimentos, e de repente eles se conectam. Falou sobre a necessidade de nos religar ao divino, pois assim podemos fazer com que nossa energia possa fluir, evitando bloqueios. Há aí uma clara relação com a psicologia. Também consegui ver uma relação com as pedras rúnicas que consultei semana pasada, em relação aos elementos, mais especificamente com a água.

                                     De tarde fui para a Terapia. Quase um mês sem ter ido presencialmente. Quando saio da sessão me sinto mais leve e tranquilo. Pensei um pouco sobre a necessidade de me manter na terapia. Há muita coisa a ser trabalhada. É ali onde posso me expressar, falar abertamente das coisas que me frustram. Me sinto alegre por isso, por haver esse espaço. Onde posso explorar meus pensamentos e sentimentos.

                                   Quando cheguei em casa, não havia muito o que fazer. Podia ter dado continuidade a escrita do artigo, mas acabei só escutando podcast, nada muito útil. Pensei em ler o pdf sobre vegetarianismo, mas não tive muito saco para ler. Antes do jantar coloquei um pouco de música argentina para ouvir. É um estilo de música que parece caber nesse momento. Não é extremamente experimental ou super elaborada, nem muito sentimental. Me parece simples, mas não simplória. É o tipo de música que se pode colocar em qualquer momento, acho que é a coisa que preciso agora, algo para me relaxar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Diário #14

               Acabei escrevendo nada durante o fim de semana. Está um pouco difícil de conseguir de focar no diário durante esses dias. Pensei em até reservar um tempo só para escrever sobre o sábado e o domingo, mas acabou que não aconteceu.

                Pela manhã chegou o livro de Opsopaus. Fiquei muito feliz em ter chegado, ao mesmo tempo ansioso para lê-lo. Para mim ficou uma grande incognita, não sei ao certo como lidarei com essa leitura, se colocarei em prática seu conteúdo ou não. Diante da minha consulta com as Runas e com os dados, tudo indica que precisa ir com calma. De qualquer forma mantenho minha leitura do Tarô Pitagórico, acredito que o resto pode cuidar de si.

                Fiz uma rápida revisão das Áreas da Vida. Fiz também a Roda da Vida. Não fiz muito progresso nesse aspecto. De tarde fui para Jaqueira com minha mãe. Pensei um pouco sobre a minha vida e como me sinto desmotivado com tudo. Pensei até em fazer um curso de Astrologia ou de Tarologia.

Reflexões sobre "Cuidando do Cuidador"

      Esse fim-de-semana houve um evento do meu curso chamado "Cuidando do Cuidador". Fiquei um pouco reticente sobre isso, eu ter...